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‘Fui chamada de p**** pelo motorista e cobrador’, relata mulher que foi vítima de assédio em ‘amarelinho’

A vítima afirma que o cobrador estava alcoolizado em horário de trabalho e o motorista não deu importância.

07/08/2020 às 09h34
Por: Jéssyca Seixas Fonte: Portal Tucumã
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Divulgação
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Diariamente muitas mulheres relatam que são vítimas de assédio em diversas cidades do Brasil, seja moral, sexual ou psicológico. O Portal Tucumã vai mostrar com exclusividade um relato feito por uma mulher, que preferiu não ser identificada, sobre um caso de assédio vivido em Manaus, dentro de um veículo do transporte alternativo (amarelinho).

A vítima relata que o caso aconteceu em fevereiro deste ano, mas só teve coragem de relatar nesta quinta-feira (06). Ela contou ao Portal Tucumã que estava indo ao encontro do seu companheiro na avenida Autaz Mirim, bairro São José Operário 1, Zona Leste de Manaus, e pegou o ‘amarelinho’ na expectativa de chegar no local com rapidez.

Durante o trajeto, a mulher conta que o cobrador estava aparentemente alcoolizado e ela afirma que foi assediada pelo trabalhador.

“Eu optei pelo ‘amarelinho’, que era mais barato. Entrei e paguei R$ 4,00, mas o cobrador não me deu o troco. Deixei de lado. Percebi que ele estava alcoolizado, perguntou se eu era flamenguista mas fiquei calada. Na lotação estava eu e mais uma mulher com um filho, na parte de trás estava um amigo do cobrador. Ele começou dizendo que eu tinha um corpo bonito, mas cortei falando que eu tinha namorado. O cobrador começou a me perguntar aonde eu ia e eu fiquei calada. Ele começou a dizer que eu estava indo trair meu namorado, e que eu deveria deixar meu companheiro para ficar com o cobrador”, relembra.

A mulher iniciou uma discussão com o homem minutos depois. Ela afirma que foi xingada com palavras de baixo calão pelo cobrador e o motorista da lotação, em ato de assédio moral.

“O cobrador mandou eu ir à m***. Comecei a ficar com medo, porque ele e o amigo dele estavam brigando comigo na lotação. Eu gritei com motorista mandando parar o veículo para descer. Desci do ‘amarelinho’ e o motorista gritou alto me chamando de p****. Cheguei com meu namorado triste e querendo chorar. Fiquei mal durante uma semana com esse ocorrido”, disse.

Falta de respeito

Em seu relato, a vítima contou sobre a falta de profissionalismo e ética por parte do motorista e cobrador.

“Me senti desrespeitada. Foi muita falta de profissionalismo e ética. Nenhuma pessoa merecer ser tratada como eu fui. Percebemos que eles não tem um mínimo de respeito e decência um uma mulher. Eu quando cheguei em casa realmente me senti péssima”, conta.

Não é a primeira vez que os trabalhadores do ‘amarelinho’ são alvos de críticas da população manauara. Recentemente a microempreendedora Regilane Pimentel disse ao Portal Tucumã que viu uma idosa cair da lotação e ter o rosto coberto de sangue após o motorista fazer uma freada brusca.

“A senhorinha foi descer ali perto do Uai Shopping, no São José. Sabemos que os idosos são um pouco mais lentos, o motorista não esperou a idosa descer e saiu que nem um doido. A idosa caiu com rosto no chão e ficou coberta de sangue. Fiquei com pena dela”, reitera.

Punição

A vítima chegou a relatar o caso de assédio, mas afirma ter sido ameaçada pelos donos de cooperativas. Ela afirma que o motorista ficou rindo da situação.

“Fiquei pasma que o motorista estava rindo com toda aquela situação. Me lembro bem de todos os detalhes. O cobrador nunca me viu na vida, falando na minha cara que meu namorado é corno. Nesse dia em diante, prometi que nunca mais ia andar nos ‘amarelinhos'”, contou.

A vítima torce para que os envolvidos no caso sejam punidos de forma severa pela polícia.

A equipe de reportagem entrou em contato com o Instituto Municipal de Mobilidade Urbana (IMMU) questionando sobre as imprudências citadas no ‘amarelinho’.

Em nota, o IMMU disse que os usuários do transporte alternativo podem denunciar qualquer irregularidade pelo número (92) 8802-3504. O órgão alerta se, caso um passageiro seja destratado, a empresa pode ser penalizada.

“O Instituto frisa que, segundo a lei nº 1779 de 17 de Outubro de 2013, destratar os passageiros gera multa equivalente à R$ 1.089,50. Outro item da lei estabelece que não fornecer troco corretamente, negá-lo ao usuário ou impedir seu ingresso de forma gratuita, observado o limite de troco máximo estabelecido por Lei, gera multa com valor de R$ 544,75”, ressalta.

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