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Poderosas explosões fazem mortos e feridos em Beirute

As explosões, que ocorreram na área portuária e cuja origem ainda não foi determinada, foram ouvidas em vários bairros da cidade.

04/08/2020 às 14h50
Por: Jéssyca Seixas Fonte: A Crítica
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Divulgação
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Duas fortes explosões sucessivas sacudiram, nesta terça-feira (4), a região portuária da capital libanesa, Beirute, fazendo mortos e feridos, semeado o pânico e provocando uma imensa coluna de fumaça.

As explosões, que ocorreram na área portuária e cuja origem ainda não foi determinada, foram ouvidas em vários bairros da cidade.

De acordo com a agência nacional de informação, as explosões fizeram "mortos e feridos".

Por sua parte, Georges Kettaneh, presidente da Cruz Vermelha Libanesa, se referiu a "centenas de feridos" em um comunicado na televisão libanesa LBC. "Estamos sobrecarregados pelos telefonemas", disse ele.

O governo decretou um dia de luto nacional na quarta-feira, enquanto o presidente convocou uma reunião de emergência do Conselho Superior de Defesa.

Janelas e vitrines de muitos prédios e lojas quebraram nos arredores.

Vídeos postados nas redes sociais mostram uma primeira explosão seguida de uma outra que provoca uma gigantes nuvem de fumaça.

"Senti como se fosse um terremoto e depois uma enorme explosão que quebrou todos os vidros. Senti que foi mais forte do que a explosão do assassinato de Rafic Hariri" em 2005, provocada por uma caminhonete carregada de explosivos, declarou à AFP uma libanesa no centro de Beirute.

A área portuária foi isolada pelas forças de segurança, que só permitem a passagem de agentes da defesa civil, o balé de ambulâncias com suas sirenes e caminhões de bombeiros.

Os jornalistas foram proibidos de acessar a zona, segundo um correspondente da AFP. 

Nas proximidades do distrito portuário, os danos e a destruição são enormes.

A mídia local transmitiu imagens de pessoas presas em escombros, algumas cobertas de sangue.

Segundo informações preliminares da imprensa local, as explosões resultaram de um incidente no porto de Beirute.

Mas as circunstâncias e os detalhes do incidente permanecem desconhecidos.

"Os prédios estão tremendo", tuitou um morador da cidade, dizendo que "todas as janelas do (seu) apartamento explodiram". 

Segundo um outro, a explosão foi ouvida por quilômetros.

De acordo com os correspondentes da AFP, muitos residentes feridos andam nas ruas em direção a hospitais. No bairro de Achrafieh, os feridos correm para o Hôtel Dieu.

Em frente ao centro médico de Clémenceau, dezenas de feridos, incluindo crianças, às vezes cobertas de sangue, esperavam para serem admitidos, segundo um correspondente da AFP. 

Quase todas as vitrines das lojas dos bairros de Hamra, Badaro e Hazmieh estavam quebradas, assim como os vidros dos carros.

Carros foram abandonados nas ruas com os airbags inflados. 

Segundo testemunhas, as explosões foram ouvidas até a cidade costeira de Larnaca, no Chipre, a pouco mais de 200 km da costa libanesa.

Em 14 de fevereiro de 2005, um atentado com uma caminhonete carregada de explosivos atingiu o comboio de Rafik Hariri, matando-o com outras 21 pessoas e ferindo mais de 200.

A explosão causou chamas de vários metros de altura, quebrando as janelas dos prédios em um raio de meio quilômetro.

Na sexta-feira, o Tribunal Especial do Líbano (STL), com sede na Holanda, deve emitir seu veredicto no julgamento de quatro homens, todos suspeitos de serem membros do poderoso movimento libanês Hezbollah, acusado de participar do assassinato de Hariri.

O Líbano atravessa sua pior crise econômica em décadas, marcada por depreciação monetária sem precedentes, hiperinflação, demissões em massa e restrições bancárias drásticas, que alimentam há vários meses o descontentamento social.

Há uma semana, após meses de relativa calma, Israel disse que frustrou um ataque "terrorista" e abriu fogo contra homens que cruzaram a "Linha Azul" entre o Líbano e Israel.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, atribuiu a infiltração ao Hezbollah, um movimento armado pró-iraniano muito influente no sul do Líbano e que o Estado judeu considera como seu inimigo.

Acusado de "brincar com fogo", o Hezbollah negou qualquer envolvimento.

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