“[Servir] era o sonho do meu filho”, disse Kelianne Correa Pantoja, mãe do soldado do Efetivo Variável Jhonatha Correa Pantoja, de 18 anos, do 7° Batalhão de Polícia do Exército Brasileiro, que morreu com um tiro enquanto estava em serviço, na madrugada dessa segunda-feira (3). A família, que pede Justiça, suspeita que a vítima tenha sido torturada e morta.
Pantoja, moradora do município de Borba, distante 151 quilômetros de Manaus, afirmou que o comportamento do filho nunca denotou traços de que ele poderia cometer suicídio. “Eu clamo por Justiça. Ele era muito carismático e carinhoso”, disse.
A familiar informou que o corpo da vítima apresenta hematomas. Manoel Diniz Valente, amigo da família e morador de Borba, informou que um tenente-coronel do Exército ligou aos familiares, no dia do ocorrido, informando que a causa da morte havia sido suicídio.
“O tenente está escondendo a verdade e obstruindo provas. Ele mentiu ao me dizer que o Exército ia conseguir um avião grande para trazer toda a família [a Manaus]”, afirmou.
Valente negou que o 7° Batalhão de Polícia do Exército estava prestando apoio à família, como foi comunicado pelo Comando Militar da Amazônia (CMA), em nota emitida na segunda-feira.
Ainda nesse pronunciamento, o CMA informou à imprensa que um Inquérito Policial Militar (IPM) seria instaurado para “identificar as causas e as condicionantes deste lamentável episódio”.
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