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Mulher que atacou fiscal da Vigilância não tem registro como engenheira

Um engenheiro químico, para exercer sua profissão, deve obrigatoriamente estar registrado em Conselho de Fiscalização da Profissão (CRQ-III)

08/07/2020 às 16h53
Por: Fernanda Souza Fonte: Metrópoles
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Reprodução
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Nívea del Maestro, a mulher que agrediu verbalmente o superintendente de Educação e Projetos da Vigilância Sanitária do Rio Flávio Graça, não tem registro profissional como engenheira química. De acordo com informações do jornal Extra, em seu currículo consta que é formada pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), em 2003.

Entretanto, ela não se credenciou junto ao Conselho Regional de Química III (CRQ). O presidente do órgão, Rafael Almada, abriu uma investigação para saber se Nívea atuava como engenheira química ou responsável pela área na empresa da qual foi demitida após a repercussão do caso, a Taesa.

“Enviamos um ofício nesta quarta-feira para empresa perguntando como era a forma de contrato dela com eles. Se ela estiver falando a verdade, que é formada, mas atuava como engenheira química sem registro, ela agiu contra o código de ética profissional”, afirmou Almada.

Ao lado do marido, Leonardo Barros, Nívea foi flagrada, no último sábado, intimidando o agente Flávio Graça. “Não vai falar com seu chefe, não?”, questionou Leonardo. “A gente paga você, filho. O seu salário sai do meu bolso”, continuou a esposa. “Cadê sua trena? Quero saber como você mediu sem trena”, questionou, o rapaz. Intimidado, o fiscal responde: “Tá, cidadão”. E a mulher segue os insultos: “Cidadão, não. Engenheiro civil, formado. Melhor do que você”.

Um engenheiro químico, para exercer regularmente sua profissão, deve obrigatoriamente estar registrado em Conselho de Fiscalização da Profissão (CRQ-III), segundo o Art. 25 da lei 2800/1956. De acordo com Almada, se Nívea atuou de forma irregular, será autuada com multa e poderá perder o direito de exercer a profissão.

“Ela ainda não foi procurada diretamente porque estamos apurando. Se confirmar que ela atuava sem registro, vamos encaminhar o caso ao Ministério Público Federal e acionar a polícia. Ela ainda vai receber uma multa de até R$ 5.103,88, além de suspensão do direito de exercer a profissão em até dois anos por falta ética”, falou.

Almada acredita que o comportamento da profissional com Flávio Graça fere os preceitos da ética profissional. “O Conselho repudia qualquer tipo ação que fere a ética. É triste como a profissão foi colocada. Não passamos carteirada para ter informações diferenciadas. Não temos que dar valor ao currículo para nos relacionar com pessoas. O profissional ali estava atuando como qualquer outro, que estava realizando a sua atividade na situação em prol de toda sociedade”, finalizou.

Esclarecimentos

A Taesa afirmou que Nívea del Maestro desempenhava funções administrativas na área financeira, onde ocupava o cargo de Especialista de Planejamento e Controle, contratada em regime CLT.

A empresa ainda disse estar “à disposição do Conselho Regional de Química para qualquer esclarecimento que se faça necessário.

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