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Mãe de Miguel desabafa sobre morte do filho: “Ele era a minha vida”

Mirtes Renata Santana de Souza deu detalhes do dia da morte do filho, quando o deixou em casa aos cuidados da patroa, Sari Corte Real

05/06/2020 às 10h51
Por: Fernanda Souza Fonte: Metrópoles
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Reprodução
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Falando do quarto onde dormiam, sentada sobre a cama do filho, a mãe do menino Miguel Otávio falou sobre a morte da criança, que caiu do 9º andar de um prédio em Recife (PE), na última terça-feira (02/06). Aos prantos, Mirtes Renata Santana de Souza revelou nesta sexta-feira (05/06), no programa Encontro, de Fátima Bernardes, que está “sem chão” e que quer fazer justiça.

As noites têm sido longas para Mirtes, que revelou não conseguir dormir direito. “Quando eu deito na cama, olho para a cama do meu filho e vejo que meu filho não está aqui, a dor aumenta mais ainda, porque eu não vou ter mais o meu neguinho comigo”, disse, aos prantos. “Ele era a minha vida. Tô sem chão”, disse.

Por conta da pandemia, Mirtes disse que não tinha onde deixar o filho para ir trabalhar. A mãe dela, que era quem mais ajudava nos cuidados com a criança, também precisou sair no dia do incidente. “Terça-feira a minha mãe precisava sair para resolver questões de médico e ir ao banco, e levei meu filho”, explicou.

Ela chegou mais cedo ao trabalho, a pedido da patroa, que precisava que Mirtes ficasse com a filha dela enquanto Sari Corte Real levava a mãe ao aeroporto. “Quando a menina acordou, eles ficaram brincando. Eu fiquei tomando conta das crianças.” Quando Sari voltou, e porque as crianças estavam muito agitadas, correndo por toda parte, Mirtes relata que resolveu levar o cachorro para passear sozinha e pediu que a patroa ficasse com eles até a volta dela. “Ele ficou chorando, mas eu falei: ‘Mamãe já volta'”.

Ao voltar para o prédio com o cachorro, poucos minutos depois, ela revela que sentiu uma dor no peito ao ouvir o porteiro falar que uma pessoa havia caído de um dos andares do prédio. Ela ainda encontrou o filho com vida. “Um morador do prédio, que é médico, olhou Miguel e falou que ele ainda estava com vida, mas que precisava ser socorrido urgentemente”.

Segundo Mirtes, com a demora dos serviços de resgate, ela e Sari resolveram levar o menino para o hospital de carro. Ele chegou com vida à unidade médica, mas não resistiu. “Eu perdi o meu filho por uma questão de falta de paciência. Tanta paciência que eu tinha com os filhos dela. Ela confiava os filhos dela, de olhos fechados, para mim e para minha mãe, que também trabalhava para ela, e por uma questão de nem dez minutos, ela não teve paciência com o meu filho”, reclamou.

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