No final de abril, dona Lavínia Batista Mota Flávio, 76 anos, já apresentava os sintomas da Covid-19, com tosse, febre, dor no corpo e falta de apetite, provocada pela ausência de paladar e olfato. Vendo a situação da mãe se complicar, a filha, Maria Joana, 45, a levou para o Hospital São Vicente de Paulo, em Jundiaí (a 57 km de São Paulo).
“Durante a internação, deram o diagnóstico que era Covid. E logo no primeiro dia já me deram um documento para assinar autorizando o uso da cloroquina. Assinei e ela ficou no isolamento, sem precisar ir para a UTI (Unidade de Terapia Intensiva)”, conta Joana, explicando que a mãe tomou oxigênio apenas por cateter no nariz.
Após a alta hospitalar, dona Lavínia passou para a internação domiciliar, usando oxigênio apenas para dormir. Segundo Joana, um médico do hospital vai até a residência em uma ou duas semanas para avaliar a condição da paciente e, provavelmente, retirar o oxigênio, já que ela está bem melhor, sem os sintomas iniciais.
Sobre a forma de contágio, a filha acredita que tenha sido por algum membro da família, que precisa sair para fazer compras ou trabalhar. Na casa, além de dona Lavínia, moram a filha com o marido e três filhos.
“Ela mesma não sai de casa, mas a gente precisa sair, precisa colocar comida na casa. Sempre tomamos os cuidados necessários, mas aconteceu”, diz Maria Joana, destacando que todos os moradores ficaram com sintomas de gripe nesse período, mas não chegaram a realizar testes da Covid-19.
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