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Com retomada da economia, igrejas evangélicas decidem reabrir em Manaus

Maioria das denominações cristãs decidiu reabrir as portas dos templos para os encontros presenciais com recomendações de lotação máxima de 30%, higienização do local e intervalos entre os cultos.

02/06/2020 às 09h46
Por: Jéssyca Seixas Fonte: A Crítica
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Reprodução
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As igrejas evangélicas, na sua grande maioria, abriram suas portas a partir de ontem, seguindo as recomendações de lotação máxima de 30% da capacidade do templo, higienização do local de cultos e intervalos de cinco horas entre os cultos. A informação é do diretor da Ordem dos Ministros Evangélicos do Estado do Amazonas (Omeam), o pastor Valdiberto Rocha.

“Evidentemente que não posso precisar se há alguns que não vão fazer”, disse Valdiberto, que é vice-presidente da Igreja Quadrangular no Amazonas.

Desde março, em função de decretos de restrição de circulação de pessoas que visavam a redução da transmissão do novo coronavírus (SARS-CoV-2), as igrejas e outras entidades religiosas estavam sem atividades presenciais.

A retomada gradual dos encontros começou ontem, condicionada a adoção de rigorosas medidas de prevenção sanitária.

Com mais de 1,2 mil templos no Amazonas, a Igreja Adventista do Sétimo Dia também decidiu reabrir as portas. A posição de agora difere daquela tomada dia 7 de maio, quando informou que não abriria os templos mesmo com a aprovação de uma lei estadual que daria status de serviço essencial aos templos. Na ocasião, a Adventistas informou que manteria o isolamento social até a redução dos índices da Covid-19.

Ontem, a igreja informou que também vai seguir o decreto de retomada das atividades e reabrirá  seguindo “os cuidados necessários e propostos” e, além do limite de capacidade nos templos, também terá o cuidado de fazer a “limpeza adequada do ambiente e evitando aglomeração na entrada e  saída, assim como seguindo as orientações normativas do distanciamento social, além do uso de máscaras”.

Os templos adventistas apresentarão em todas as suas reuniões um vídeo especial de boas vindas contendo orientações preventivas a Covid-19 durante o período da reunião. “Estamos alinhados com as determinações governamentais e prontos para mudanças conforme o proposto”, diz a nota oficial.

Outra que reabriu desde ontem em Manaus foi igreja Ministério Internacional da Restauração (MIR), localizada na Ponta Negra. No último fim de semana, a Restauração passou pelo processo de sanitização.

“Estaremos retornando de forma muito responsável para que todas as famílias sintam-se seguras e tranquilas para assistirem aos cultos”, informou o presidente do ministério, pastor Renê Terra Nova.

“As nossas equipes de apoio e de recepção estarão preparadas para recebê-las com todas as medidas de higienização, disponibilizado álcool em gel na entrada e em outros pontos de fácil acesso da igreja, verificando o distanciamento de um metro e meio, entre as pessoas, aferição de temperatura, além, é claro, de permitir a entrada de quem está com máscara”,  acrescentou Terra Nova.

Nesta semana, a igreja vai realizar cultos campanha de oração, com duração de um hora. No próximo domingo, os cultos estarão sendo realizados em três horários, obedecendo o intervalo de cinco horas.

Conforme o decreto estadual que estabelece o cronograma de retomada das atividades (42.330/2020), inclusive as religiosas, as igrejas, templos, lojas maçônicas e estabelecimentos similares foram incluídos no primeiro ciclo de retomada, com início no dia 1º de junho, exceto para os grupos de risco.

Esses espaços deverão funcionar com 30% de ocupação e com eventos de no máximo uma hora e meia de duração, no caso de cultos diários, respeitando um intervalo mínimo de cinco horas entre um evento e outro, de modo a permitir a limpeza adequada no ambiente, evitando-se a aglomeração na entrada e saída de pessoas. Cultos semanais  deverão ter duração máxima de quatro horas.

Católica adiou volta pela 3ª vez

Na quinta-feira, a Igreja Católica se adiantou a edição do decreto informou  decidiu manter até o dia 23 de junho a suspensão das atividades presenciais, mesmo após o anúncio de abertura gradual dos serviços não essenciais, entre eles igrejas e templos religiosos, feito no dia anterior.

Para a Arquidiocese de Manaus, a contribuição da comunidade católica para o isolamento social tem sido vital para ajudar a diminuir a velocidade da propagação do novo coronavírus. "A pandemia do novo coronavírus tem exigido de nós um cuidado todo próprio quanto a saúde. Com este cuidado a nossa igreja contribuiu para a diminuição do índice da propagação do vírus. Apesar da saudade das nossas celebrações presenciais em nossas comunidade, continuaremos contribuindo para diminuir a difusão do covid-19", afirmou em nota.

Responsável por agremiar  quase um milhão de católicos só na capital, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), desde o início da pandemia, em meados de março, a organização já adiou por três vezes o início dos encontros e missas nas igrejas.

Volta gradual não teve 100% de adesão

A retomada gradual da abertura de templos religiosos não encontrou adesão de todas às religiões de Manaus. Além da Igreja Católica, outras  comunidades como os judeus, muçulmanos e de matriz africana também não pretendem retornar os cultos e eventos enquanto a pandemia não estiver controlada.

Entre a religião judaica  a palavra a ser proferida atualmente é “prudência”. “Acredito que a principal palavra neste momento de reabertura gradual das atividades do cotidiano chama-se ‘prudência’. Ainda não está definida como será a reabertura da Sinagoga de Manaus. A diretoria do Comitê Israelita do Amazonas está estudando a melhor forma de fazê-la”, disse o oficiante religioso Isaac Dahan.

Os muçulmanos ainda não tomaram nenhuma decisão a respeito do retorno. “Iremos discutir as nossas medidas durante essa semana. Provavelmente até quarta-feira saberemos como iremos proceder”, informou Tamer Mohamad, colaborador da Mesquita Muçulmana de Manaus.

Em comunicado para a imprensa, a Articulação Amazônica dos Povos e Comunidades Tradicionais de Terreiro de Matriz Africana (Aratrama), em decisão colegiada, informou que vai manter o isolamento. No entanto, de acordo com o coordenador da entidade, Alberto Jorge, não houve 100% de adesão.

“Acompanhamos a decisão de nos mantermos pelo menos por mais 30 dias sem qualquer atividade em nossos terreiros, lastimando que há terreiros que não adotaram em nenhum momento as medidas de distanciamento e isolamento social decretados”, disse o pai de santo.

“Apoiamos integralmente a posição do Ministério Público quando afirma que ainda não é o momento para se relaxar o distanciamento e isolamento social no Amazonas. O governo não tem o condão de trazer de volta as vidas que venham a ser perdidas por conta da contaminação da Covid-19 proveniente de pessoas narcotizadas pela fé cega”, completou.

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