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Em Manaus, famílias mobilizam ajuda para órfãos da pandemia de covid-19

Parentes lidam com luto e cuidados com os filhos e bebês prematuros de mães que faleceram por conta da doença

25/05/2020 às 19h06
Por: Jéssyca Seixas Fonte: A Crítica
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Divulgação
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A pandemia do Novo Coronavírus deixou muitos órfãos no Planeta, entre eles crianças, muitas delas ainda sem entender o que está acontecendo, nascidas prematuras de mães que estavam internadas em hospitais. Outras, com sua sabedoria infantil, acalentando pais e outros parentes neste momento difícil.
Os casos são dramáticos, as crianças precisam de apoio neste momento difícil e, em busca de ajuda, as famílias e amigos organizam campanhas para angariar o que é mais necessário para os pequenos.

Entre essas crianças estão os irmãos Bernardo Leite, de pouco mais de 40 dias, e Guilherme, de 6 anos de idade, filhos de Eliane Ramos Rodrigues, 28, que era  auxiliar de produção em uma fábrica de jóias e morava no bairro Aleixo, Zona Centro-Sul de Manaus.

Eliane, que era natural de Autazes (a 115 quilômetros de Manaus), deu entrada em um hospital particular da capital no dia 10 de abril, e entrou em coma induzido e foi entubada, de acordo com a irmã, Maria José Rodrigues, quatro dias depois, morrendo no último dia 14. 

“Vivemos todo esse processo de internação, dia 11 o Bernardo nasceu de cesária com oito meses e com 30 dias ela teve uma parada cardíaca pois seu pulmão não aguentava mais. Na chegada ao hospital já havia sido diagnosticado que ela tinha pneumonia, e em casa já tinha sintomas como febre e dores nas costas”, explica Maria José.

De ambos os irmãos apenas o mais velho foi registrado pelo pai, que é presente. Já Bernardo é fruto de um relacionamento desconhecido e que nunca se manifestou para ajudá-lo após o nascimento.

Uma campanha foi iniciada para ajudar o bebê e seu irmão para a compra de produtos essenciais como leite e fraldas para Bernardo e roupas para ambos.
Qualquer colaboração é bem vinda e pode ser depositada somente na conta-corrente 01050964-4, agência 4539, Banco Santander, CPF 76765571272 em nome da irmã Maria José Rodrigues. 

Ela denuncia que pessoas até de outros Estados têm entrado em contato não para ajudar, mas para se beneficiar criminosamente da situação: “Já me ligaram para que eu autorizasse o depósito em outra conta de outras pessoas, como uma blogueira e até do Pará, mas, no entanto, como vou saber se isso é verdade?”.

As crianças tem ficado com a família no Aleixo, e a questão da guarda delas será  vista após a pandemia. A família pretende construir um quarto para os irmãos.
E é justamente na dupla de irmãos que a família busca forças para superar a perda da irmã que era conhecida como “Princesa do Sorriso Largo”.

“A Eliane era a nossa bonequinha, nossa princesinha, nossos amorzinho, sempre vai ser. Tinha um sorriso largo e gostava de ajudar as pessoas. Bernardo é um milagre. Ele é o nosso milagre, uma criança super saudável e muito tranquila. O Guilherme também, supertranquilo, muito educado pela mãe e que é o nosso consolo, que ora conosco quando estou chorando. Ele que me dá força e fala que sua mãe virou uma estrelinha”, conta a irmã, que é evangélica.

Prematuro

Irmãos de pais diferentes, Bruno Daniel, que ainda vai completar um mês de nascido, e Laura Giovana, de 15 anos de idade, ficaram órfãos da assistente social Tainá de Souza Portilho, 35.

Ela, que tinha união estável registrada em cartório com o industriário Adriano Freire de Carvalho, 33, estava no 7° mês de gravidez  quando adquiriu o vírus. “Ela ficou em isolamento na maternidade, mas o estado de saúde se agravou e foi preciso tirar o bebê. Logo após o parto ela ficou internada em um hospital e o bebê na maternidade; depois de alguns dias entubada ela veio a falecer no dia 2 de maio”, contou Adriano, líder de produção em uma empresa do Pólo Industrial de Manaus (PIM).

Amigos e parentes próximos fizeram doações e campanhas nas redes sociais em busca de doações para o pequeno Bruno como fraldas tamanho M e G, lenços umidecidos, pomada pra assadura e leite. Contatos para doações podem ser efetuados com Adriano pelo fone whatsapp 99211-3284 ou com Elma Portilho, irmã de Tainá, no 99514-6316.

Atualmente as crianças moram com uma das avós, mãe de Tainá, onde a assistente social sempre residiu. “Muitas pessoas estão ajudando da forma que podem, amigos, parentes etc. Caso alguém tenha interesse em ajudar pode ser com fraldas, lenço umedecido, pomada e leite. As crianças vão ficar com a avó, seguindo a vontade da mãe. A Laura é filha dela com outro casamento, mais vou estar participando dia a dia do crescimento deles. A Tainá sempre morou com a mãe dela mesmo estando casada comigo. Atualmente todos estão bem de saúde graças a Deus, e recebendo todo cuidado e atenção apesar da perda da mãe”, comentou.

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