O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, posicionou-se nesta terça-feira (12) ser contrário ao decreto do governo federal que incluiu atividades de salões de beleza, barbearias e academias de esportes na lista de “serviços essenciais” e voltou a pedir cautela na hora de avaliar reabertura de comércios ou mesmo de um possível lockdown.
A medida seria a mais radical de isolamento a ser adotada nesse período de pandemia pelo novo coronavírus, que vem registrando aumento de casos de Covid-19 a cada dia, na capital e no Estado. “Sinceramente, salões, barbearias e academias não são atividades essenciais. Não considero oportuno abrirmos agora, nem igrejas. Se fizermos isso, ajudaria a furar o isolamento social, que deve ser aumentado para além dos 40% atuais”, disse o prefeito Arthur Virgílio, em reunião com o governo estadual e representantes de diversos segmentos de classe e sociais, nesta terça-feira.
O governo do Amazonas anunciou a prorrogação, até dia 31 de maio, da suspensão do funcionamento de todos os estabelecimentos comerciais e de serviços não essenciais e destinados à recreação e lazer, algo em concordância com os decretos municipais. “Entendo que essa é uma boa data para decidirmos se está na hora de abrir ou não. Entendo que é ruim dar um passo e recuar dois depois”, alertou Arthur Virgílio.
O prefeito de Manaus reforçou também que há muito o que pensar e fazer antes de tomar medidas mais duras e disse que é hora de união. “Fico pensando nessa questão do lockdown em Manaus. Imagine uma provocação que possa resultar em luta e mortes. Insisto que algumas decisões sejam tomadas diretamente pelo povo e, se pensarmos bem, tudo que estamos proibindo não deixa de ser uma espécie de lockdown, uma interdição parcial”, advertiu.
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