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Bancários solicitam medidas de segurança durante pandemia no Amazonas

A categoria pede melhorias, pois os trabalhadores ficam expostos durante o atendimento. Cinco bancários já morreram por coronavírus no Amazonas.

06/05/2020 às 17h23
Por: Jéssyca Seixas Fonte: Em Tempo
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Divulgação
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Bancários são trabalhadores que assim como médicos, enfermeiros e frentistas são considerados como serviços essenciais durante a pandemia do novo coronavírus. A categoria pede ações para melhorias nas condições de trabalho e segurança nas agências bancárias do Amazonas.

O Presidente Sindicato dos Bancários do Amazonas (SEEB-AM), Nindberg Barbosa explica quais são as reivindicações dos trabalhadores. Entre elas estão a permanência de trabalhadores com doenças crônicas em casa em sistema Home Office. De acordo com o sindicato, cinco profissionais que atuavam em bancos morreram no Amazonas. 

“Uma das reivindicações feitas constantemente é que os colegas que estão com algum sintoma que se afastem e se isolem e os que estavam perto deles possam fazer um teste rápido. Isso não está acontecendo. Existe uma grande pressão, tanto dos patronais quanto dos banqueiros de modo geral que os colegas passem a atender presencialmente em média de 70%. Estamos com alguns colegas com sintomas, outros com a doença comprovada e não podem ficar perto. O cliente que vai para o atendimento pode ser contaminado. Estamos pedindo constantemente para os patrões que eles deixem álcool em gel à disposição para as pessoas e os EPI´s completos e desinfetem todas as agências. Essas são as reivindicações”, explicou Nindberg. 

Outro ponto destacado é a categoria como trabalho essencial diante do decreto estadual. “Não estamos nos eximindo de atender a população pois entendemos que eles precisam do nosso atendimento, mas não podemos deixar a nossa saúde tão exposta do jeito que está sendo colocado. Todos os trabalhadores que estão em Home office estão amparados pelo Ministério da Saúde e Organização Mundial da Saúde, onde diz que quem tem alguma doença crônica pode permanecer em casa. Já morreram colegas nossos bancários, outros estão em casa doentes e outros permanecem internados. Nós não queremos perder ninguém para essa doença”, disse o presidente do sindicato. 

Clientes aglomerados 

As imagens de pessoas em filas nas frentes das agências é uma realidade do Amazonas. A preocupação é o auto risco de contágio da doença nas filas, em todos os municípios, que pessoas foram em busca do pagamento do auxílio emergencial. 

“A população infelizmente não está consciente do uso de máscaras e não obedecem ao distanciamento solicitado. Não é só chamar o pessoal para atendimento, mas dar condições para o trabalho. Somos meros pagadores, alguns colegas foram até agredidos. Esperamos que a população entenda também que estamos na linha de frente”, disse. 

As agressões destacadas pelo sindicato reforçam a falta de respeito e paciência na grande demanda que os bancos estão recebendo ultimamente. No último sábado (2), um bancário foi agredido na Agência Bancária do bairro Praça 14 de Janeiro. Leia a nota do Sindicato dos Bancários: 

“A agressão covarde foi realizada por um cidadão que insistia em ser atendido sem portar documento de identificação.

Salientamos que os documentos válidos de identidade são estabelecidos pela legislação brasileira. Tais documentos são amparados e listados pela lei n° 12.037 de 01 de outubro de 2009. E entre eles não se encontra o BO (boletim de ocorrência). O boletim de ocorrência não substitui qualquer dos documentos elencados na referida lei tratando-se portanto de comunicação da perda, roubo ou extravio de documentos.

Salientamos que a posse, guarda e conservação de documentos pessoais é de inteira responsabilidade do próprio titular. Para o atendimento bancário a apresentação de documento de identidade válido é obrigatória a fim de que ocorra a correta e segura identificação do cidadão. O bancário é um guardião da propriedade, bens e direitos de clientes e usuários do banco. Portanto, a exigência da apresentação desses resguarda o cidadão de fraudes que venham dilapidar seu patrimônio e se constitui em pilastra fundamental do sistema bancário: a segurança.

Nesse momento de ocorrência de pandemia mundial, em razão do covid-19, o bancário agredido e todos os demais bancários exercem um papel fundamental para diminuir o sofrimento de dezenas de milhões de brasileiros. Um profissional que fará falta no atendimento nas próximas semanas em que ocorre o pagamento do auxílio emergencial.

Agressão como essa, além de reprovável, configura-se como crime da maior gravidade. Pois atenta contra a saúde e a vida de um trabalhador e pai de família.

Nesse sentido, também exigimos que a Caixa Econômica Federal adote todas as medidas no apoio ao colega agredido e a família. Da mesma forma exigimos a comunicação à autoridade policial para apuração desse delito. E o reforço necessário na segurança dos bancários que estão nas agências da Capital e do Interior do Amazonas a fim de evitar que fatos como esses não volte a acontecer”

Ajuda do Governo do Amazonas

O Sindicato pede ajuda do Governo do Amazonas para que tais problemas tenham solução. Segundo Nindberg, apenas o envio de viaturas da Polícia Militar do Amazonas não é suficiente para conter a grande demanda nas agências. A categoria também faz alerta para o município de Tabatinga, onde só existem dois trabalhadores atuando na agência bancária. 

“O que está acontecendo indiretamente como ajuda do Governo do Amazonas é a disposição de viaturas que chegam e tentam amenizar confusões e tumultos na frente das agências. Fora isso, não vejo nada de resolução do Estado, da porta da agência para fora é questão pública e da porta para dentro é responsabilidade dos patronais”, finalizou.

A reportagem procurou o Governo do Amazonas para solicitar uma resposta sobre os questionamentos do Sindicato dos Bancários e aguarda resposta.  

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