O Estado do Amazonas, o primeiro que viu o seu sistema de saúde entrar em colapso por causa da disseminação da Covid-19, vai endurecer as regras de isolamento social nos próximos dias. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, o governador Wilson Lima (PSC) disse que o cliente que entrar em qualquer estabelecimento comercial que esteja funcionando, como um supermercado ou uma farmácia, por exemplo, obrigatoriamente terá de usar máscara, ou o local terá de dar o item ao cliente, além de oferecer álcool em gel. Se não oferecer proteção, o lugar será multado. A autuação será fixada com pagamento de cestas básicas. “O cidadão não será proibido de sair na rua, mas o comércio que recebê-lo sem essas medidas de proteção vai ser multado”, disse Lima.
Manaus, que vive o drama diário de não ter condições de receber e tratar doentes pelo coronavírus, tem enterrado pessoas em trincheiras. O Amazonas registrou oficialmente 4.801 casos de contaminação e 380 mortos. Wilson Lima disse ainda que o governo vai ampliar o patrulhamento. “Vamos colocar a polícia na rua com mais intensidade, não para coibir, mas para orientar as pessoas a ficarem em casa. A polícia também vai para as portas dos bancos fazer o distanciamento social das pessoas, que é algo que deveria ser uma obrigação do governo federal”, comentou.
O governador do Amazonas criticou a gestão Bolsonaro pelo “pouquíssimo apoio” que o Palácio do Planalto tem prestado ao Estado. “O governo federal tem ajudado pouquíssimo, é pouco demais diante do problema que a gente tem. Precisamos de mais ajuda”, disse Lima.
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