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Moro teve 'papel importantíssimo' no país mas houve 'desentendimento', diz Mourão

"Como em todo relacionamento entre chefe e subordinado, terminam por ocorrer algumas rusgas que levaram aos desentendimentos", disse Mourão.

27/04/2020 às 20h01
Por: Jéssyca Seixas Fonte: Extra
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O vice-presidente Antônio Hamilton Mourão disse, em entrevista para uma empresa de consultoria, que o ex-ministro da Justiça Sergio Moro teve um papel importante na vida nacional, mas que ocorreram "rusgas" no relacionamento com Bolsonaro que levaram à sua saída do governo.

— O ex-ministro Sergio Moro é uma pessoa que teve um papel importantíssimo na vida nacional, ao longo da Operação Lava-Jato, julgando de forma isenta todas aquelas pessoas envolvidas no pior caso de corrupção da história do país — disse.

Para ele, embora tenha um papel na "mitologia nacional", a forma como Moro saiu "não é a mais apropriada". Mourão avalia, porém, que ele "fez um bom trabalho no Ministério da Justiça".

— Entretanto, como em todo relacionamento entre chefe e subordinado, terminam por ocorrer algumas rusgas que levaram aos desentendimentos, fruto aí da visão que o presidente tem, e por consequência o ministro terminou por pedir demissão.

O vice-presidente falou ainda sobre a articulação do governo com o Congresso e a recente aproximação com partidos do centrão, como PP, PL, PSD e Republicanos, a quem foram oferecidos cargos. 

Mourão disse que, no início do governo, havia a visão de que "com base no pragmatismo e nas ideias reformistas", se formaria uma base no Congresso através da "convergência de ideias". Afirmou que isso funcionou por um tempo, mas agora, com a crise do coronavírus, a estratégia mudou.

— No começo desse ano, essa situação do coronavírus levou o presidente da República a buscar uma outra forma de diálogo, como outros presidentes tiveram que fazer, cerrada junto aos partidos políticos, de forma que ele construa uma base que lhe dê uma certa estabilidade para aprovar o que julgamos necessário.

Crise do coronavírus

O vice-presidente disse que espera que a epidemia traga uma "destruição criativa" para o país, no que o "capitalismo é campeão". Disse que com a China há um "casamento inevitável" com o Brasil, especialmente pelo fato de o nosso país depender dos chineses para escoar a produção de grãos.

Sobre o fim do acordo entre Boeing e Embraer, ressaltou que há "males que vem para bem", já que, dessa forma, o governo brasileiro mantém o controle da empresa. 

Mourão também negou que, no Plano Pró-Brasil, haja um "descarte" das ideias de Paulo Guedes. Disse que agora o governo está "praticamente jogando dinheiro de helicóptero" para manter a sobrevivência de pessoas e empresas, mas, "uma vez passado isso", serão retomados os princípios liberais e o ajuste fiscal defendido pelo ministro da Economia desde o início do governo. 

Mourão disse também que a "área de inteligência" do governo está monitorando se há hoje no Brasil chance de perturbação social, como ocorreu em 2013 ou no ano passado no Chile.

— Mas é óbvio que está sendo acompanhado pela área de inteligência do governo, de forma diuturna, no sentido de a gente não se deixar surpreender por isso e, caso for necessário, poderá ser mantida essa medida aí de auxílio às pessoas que estão desempregadas por mais um tempo.

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