“Comecei a pedir a Deus para ver minha filha crescendo, para poder cuidar dela, para levá-la ao altar um dia. Comecei a ter consciência do meu próprio corpo. A sentir meus braços, minhas pernas, mesmo sem conseguir mexer. Sempre ouvindo a mesma música e cantando junto. No sétimo dia, acordei e fui recebido por aplausos”, relatou.
Fora do grupo do risco, os primeiros sintomas foram um forte cansaço e febre alta. Cinco dias depois, ele foi ao hospital e os exames de H1N1 e Covid-19 deram negativos.
Mesmo com três exames que descartavam a doença, ele foi internado com a suspeita. “É uma doença traiçoeira. A tomografia do meu pulmão apontava um quadro semelhante ao coronavírus, mas os exames davam negativo. Eu estava com pouco oxigênio no sangue”, contou ao portal.
No dia 23 de março ele sentiu que os pulmões pararem de funcionar. Ele precisou ser transferido de unidade e ser entubado.
“Vi a mesa de cirurgia, com uns sete médicos, e um deles gritava: ‘Não fala nada, só respira’. Eu não conseguia respirar. O médico subiu em cima de mim para eu parar de me debater e pedia para eu respirar. Nesse momento, perdi a consciência. Fiquei em coma por sete dias”, disse.
O quarto exame, que deu positivo, só ficou pronto quando o homem já estava em coma. Hudson segue em observação no hospital com previsão de alta na semana que vem.
Mín. ° Máx. °