O presidente do Sindicato dos Rodoviários Givancir de Oliveira pode voltar para uma unidade policial de Manaus. Atualmente, ele está custodiado no prédio da 31ª Delegacia Interativa de Polícia (DIP), no município de Iranduba (distante 27 quilômetros em linha reta da capital), após a conversão da prisão temporária para preventiva pela suspeita de autoria da da morte de Bruno de Freitas Guimarães e da tentativa de homicídio da prima da vítima, uma mulher trans identificada como “Tchelsy”. Os crimes ocorreram no dia 29 de fevereiro, naquele município. O sindicalista está apresentando sintomas parecidos com os provocados pelo novo coronavírus e realizou, na quinta-feira (2), exame para comprovar ou não a contaminação por Covid-19.
A defesa de Givancir avalia a transferência dele de uma unidade policial da capital na tarde de terça-feira (31) para a 31ª DIP como imprudente.
"Não houve determinação judicial e essa transferência aconteceu justamente no meio dessa pandemia de coronavírus. Com isso, criou- se uma situação insustentável e uma crise institucional. A defesa entende que Givancir deve ir para prisão domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica, ficando em isolamento total", disse o advogado Silvio Costa.
Coronavírus
A defesa informou que Givancir apresenta sintomas como dor de garganta, tosse seca que acenderam a suspeita de coronavírus. Por ordem do delegado da 31ª DIP, o sindicalista colheu amostras na quinta-feira (2) para o exame de Covid-19.
"Se esse exame testar positivo para coronavírus, o estrago já foi feito. Givancir pode ter levado o vírus para dentro da delegacia onde há dez custodiados e vários policiais. Iranduba nem tem caso confirmado da doença e devido a essa transferência pode passar a ter registros. A pergunta é quem vai se responsabilizar por isso?", questionou Costa.
Um ofício solicitando a transferência de Givancir para a capital foi enviado ao juiz de Iranduba e, segundo a defesa, até o momento o Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE-AM) não se pronunciou.
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