O crematório do Amazonas, que está sendo construído para vítimas de Covid-19 será entregue nos próximos dias. A confirmação do prazo de entrega foi enfatizada durante a coletiva do Governo do Estado do Amazonas na quarta-feira (1]). Foi confirmado também que o crematório não será público, mas de iniciativa privada.
Wilson Lima declarou no último dia 25 de março que seria criado um espaço que atenda ao serviço no município de Iranduba (distante 27 km de Manaus). Segundo a Diretora da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS), Rosemary Pinto, estão sendo feitos teste exigidos pelo Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) e pela Vigilância Sanitária.
Rosemary enfatizou também que o crematório não é público, mas de iniciativa privada e será entregue ainda nesta semana. “Não é um crematório público. Estão cumprindo testes para que seja legalizado e seguro. As medidas são para que não cause impacto ambiental. Os testes já estão sendo realizados e em breve terá funcionamento”, enfatizou a diretora da FVS.
O secretário executivo de Atenção Especializada no Interior, Cássio Roberto, enfatizou que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já mudou a medida da necessidade de cremação das vítimas do Covid-19.
“As vítimas podem ser enterradas dentro de critérios previstos pela Anvisa. Já nos reunimos com as funerárias e elas já estão capacitadas para realizar os velórios, de acordo com as recomendações. A despedida não pode ser longa e também precisa obedecer a um número limitado de pessoas usando máscara e álcool em gel para que não sejam contaminadas”, explicou Cássio.
Algumas medidas
Durante os cuidados com o cadáver, apenas profissionais estritamente necessários poderão estar no ambiente e todos devem estar com o Equipamento de Proteção Individual (EPI), incluindo gorro, óculos de proteção ou protetor facial, máscara, luvas e avental impermeável.
Os tubos e cateteres devem ser removidos com cuidado e descartados posteriormente. O corpo é acondicionado em saco impermeável à prova de vazamento e selado. Logo após, é identificado adequadamente com o risco biológico do contexto Covid-19. A maca de transporte dos corpos é usada somente para esta finalidade.
As funerárias também recebem a orientação de manusear o corpo em menor quantidade e não deve ser embalsamado. A orientação é fazer a cremação, mas a medida não é obrigatória. O risco de contaminação biológica é classe 3, classificados como agentes que apresentam risco grave para o manipulador e moderado para a comunidade.
Três casos no AM
O Amazonas já contabiliza três mortes pelo novo coronavírus, entre as vítimas estão o empresário parintinense Geraldo Savio e o músico Binho Lopes. Outros três óbitos no Amazonas continuam em investigação para saber se a causa foi pelo Covid- 19, conforme anunciou o Governo ontem (1º).
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