Publicidade

Bolsonaro diz que vai pedir mudanças em orientações do Ministério da Saúde e quer 'isolamento vertical'

Ao deixar o Palácio da Alvorada nesta quarta-feira, presidente relatou que vai conversar com o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, sobre a decisão

25/03/2020 às 09h08 Atualizada em 25/03/2020 às 09h15
Por: Fernanda Souza Fonte: O Dia
Compartilhe:
Reprodução
Reprodução

O presidente Jair Bolsonaro afirmou que pedirá ao Ministério da Saúde mudança na orientação de isolamento da população durante a pandemia do novo coronavírus. Ao deixar o Palácio da Alvorada nesta quarta-feira, Bolsonaro relatou que vai conversar com o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, sobre a decisão.

Após fazer um pronunciamento criticando o confinamento e defendendo a abertura de comércios e escolas, o chefe do Planalto pediu a adoção do que chamou de "isolamento vertical", ou seja, somente para idosos e portadores de comorbidades.

"Conversei por alto com o Mandetta ontem (terça). Hoje vamos definir essa situação. Tem que ser, não tem outra alternativa", disse Bolsonaro ao deixar o Palácio da Alvorada. "A orientação vai ser vertical daqui para frente. Eu vou conversar com ele e tomar a decisão. Não escreva que já decidi, não. Vou conversar com o Mandetta sobre essa orientação."

O pronunciamento do presidente na noite desta segunda-feira contraria medidas defendidas por especialistas para o combate à doença. Em cadeia nacional de rádio e TV, o presidente disse que o país não pode parar, atacou a imprensa, acusando-a de provocar "histeria" entre a população, defendeu o fim do isolamento e voltou a chamar a doença de "gripezinha"

A reação de autoridades e personalidades foi imediata e diversas delas se manifestaram contra a fala de Bolsonaro. O governador do Rio, Wilson Witzel, divulgou um vídeo, dizendo que a fala de Bolsonaro contraria recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS). O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) disse que a pandemia do covid-19 exige solidariedade e co-responsabilidade. "A experiência internacional e as orientações da OMS na luta contra o vírus devem ser rigorosamente seguidas por nós. As agruras da crise, por mais árduas que sejam, não sustentam o luxo da insensatez", escreveu.

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre defendeu que o país precisa de uma liderança "firme". "Neste momento grave, o país precisa de uma liderança séria, responsável e comprometida com a vida e a saúde da sua população. Consideramos grave a posição externada pelo presidente da República hoje, em cadeia nacional, de ataque às medidas de contenção ao Covid-19. Posição que está na contramão das ações adotadas em outros países e sugeridas pela própria Organização Mundial da Saúde (OMS)".

Já o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, disse que o presidente foi equivocado em atacar a imprensa. "Desde o início desta crise venho pedindo sensatez, equilíbrio e união. O pronunciamento do presidente foi equivocado ao atacar a imprensa, os governadores e especialistas em saúde pública", escreveu.

* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.
Especial Covid-19
Sobre o blog/coluna
Página especial com informações e notícias da pandemia causada pelo novo coronavírus.
Ver notícias
°

Mín. ° Máx. °

° Sensação
km/h Vento
% Umidade
% (mm) Chance de chuva
20h00 Nascer do sol
20h00 Pôr do sol
Sáb ° °
Dom ° °
Seg ° °
Ter ° °
Qua ° °
Atualizado às 20h00
Publicidade
Publicidade
Economia
Dólar
R$ 5,13 +0,01%
Euro
R$ 5,58 +0,03%
Peso Argentino
R$ 0,01 -0,19%
Bitcoin
R$ 360,573,43 +1,54%
Ibovespa
128,283,62 pts 0.2%
Publicidade