O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou, ao comentar pergunta sobre pedidos de impeachment relacionados a ele, que não é hora de disputa política. “Impeachment pra quê? Vão manter os ministros técnicos ou vão botar ministros como antigamente no Executivo?”, questionou, ao deixar o Palácio da Alvorada nesta sexta-feira (20/3).
A defesa de Bolsonaro a seus ministros é um discurso que vem desde sua eleição, quando prometeu montar um ministério técnico, sem indicações políticas. A ideia era demonstrar uma espécie de contraste com governos anteriores, que dividiam a administração pública com os partidos aliados.
O presidente também comentou os protestos que seu governo vem sendo alvo e que, recentemente, foi teve até episódios de panelaços em várias cidades brasileiras, assim como ocorreu com a ex-presidente Dilma Roussef (PT) antes de perder o mandato.
“Eu não ‘tô’ preocupado com o panelaço. Eu ‘tô’ preocupado com o vírus, com a saúde e com o emprego do povo brasileiro. Qualquer panelaço, qualquer manifestação que venha a acontecer é manifestação democrática, toca o barco”, minimizou.
As primeiras reações de Bolsonaro à pandemia, entretanto, contrastam com a fala atual. O presidente chegou a classificar como “histeria” a reação à proliferação dos casos no país.
O chefe do Executivo também mencionou que haveria um “barulho ensurdecedor” caso houvesse panelaço contra a Rede Globo ou “algumas autoridades”, disparou, sem mencionar quais.
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