No final da manhã desta quinta-feira (5), policiais civis cumpriram ordem de busca e apreensão na mansão do ex-presidente do Sindicato dos Rodoviários Givancir de Oliveira em Iranduba (município distante 27 quilômetros em linha reta de Manaus). Na ocasião, foram apreendidos cinco pessoas, oito armas e quatro carros, conforme a Polícia Civil do Amazonas.
A busca está atrelada ao processo em que Givancir é suspeito da autoria do assassinato de Bruno de Freitas Guimarães, que tinha 24 anos, e da tentativa de homicídio da prima de Bruno, uma mulher trans identificada como “Tchelsy”, ocorrido na tarde do último sábado (29), naquele município.
Entre os materiais apreendidos, destacam-se quatro pistolas, de calibres 40, 45, 380; dois revólveres, duas espingardas, de calibre 12, quatro granadas, dois lançadores de gás de pimenta e gás lacrimogêneo.
O advogado de defesa, Silvio Costa, informou que já tomou conhecimento da ordem judicial e que o pedido já era esperado.
“Já era esperado. Em um processo de investigação, a polícia vai usar todos os meios necessários. Fazer quebra de sigilo telefônico, tudo isso será feito”, disse.
Questionado sobre a suposta apreensão de armas e detenção de pessoas durante o cumprimento da ordem judicial, Silvio Costa relatou que teve conhecimento apenas que haviam policiais militares aposentados tomando conta da casa devido a constantes ameaças da população de atear fogo no imóvel.
“Se esses policiais estavam armados, não tenho conhecimento e nem se as armas que eles estariam usando são regulares. Outro representante de defesa já está na delegacia e nesse momento está acionando a Comissão de Defesa de Prerrogativas da Ordem dos Advogados do Brasil - Seccional Amazonas (OAB-AM), pois não estão querendo dar acesso ao inquérito para ele”, declarou.
Para concluir, Silvio Costa explicou que teve uma reunião com Givancir de Oliveira e que ele não autorizou que a defesa entrasse com qualquer tipo de habeas corpus ou relaxamento de prisão.
“Nós entendemos que o juiz decretou a prisão dele sem nenhuma prova, tanto que ele não foi nem indiciado. A prisão foi decretada apenas com a argumentação de que ele poderia atrapalhar as investigações. Devido a isso, ele optou ficar os 30 dias preso para que não criem nenhuma situação que possa indicar que ele esteja atrapalhando as investigações”, finalizou.
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