No fim da manhã desta quarta-feira (26), o Ministério da Saúde confirmou o primeiro caso de doença pelo coronavírus 2019 (COVID-19). O Brasil ainda possui 20 casos suspeitos da doença, sendo dois deles por contato: um com o paciente confirmado e o outro com um paciente em suspeita. Cinquenta e nove casos já foram descartados.
Os Estados brasileiros com suspeitas são Rio de Janeiro, Santa Catarina e Minas Gerais, com dois casos suspeitos cada; Espírito Santo, Pernambuco e Paraíba, com um caso suspeito cada; e São Paulo, com 11 casos.
O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Wanderson de Oliveira, disse em coletiva de imprensa que a maioria dos casos suspeitos é de pessoas que viajaram recentemente para países europeus e somente um para a China.
“55% dos suspeitos são do sexo feminino, as idades mínima e máxima é de 20 a 68 anos. Destes 20 casos, 18 viajaram principalmente para a Europa: 12 para a Itália, dois para a Alemanha, dois para a Tailândia, um para a China e um para a França. Todos estes países já estão na nossa lista de países para a consideração de casos suspeitos. Dois casos suspeitos foram por contato”, explicou o secretário.
Ainda em coletiva de imprensa, Oliveira também revelou as medidas que estão sendo tomadas para o paciente diagnosticado com o coronavírus, que será o padrão tomado para todos os caos confirmados.
“Ele está em isolamento domiciliar, onde ficará até a resolução completa dos sinais e sintomas. Ele conta com um monitoramento com profissionais de saúde durante 14 dias e a vigilância sanitária irá investigar contatos diretos e indiretos com outras pessoas durante o tempo que esteve fora de isolamento”, completou.
O secretário da MS, Luiz Henrique Mandetta, explicou que a capital paulista sempre foi o principal foco da monitoração, já que possui o maior aeroporto do País. Ele disse também que os casos no Brasil serão diagnosticados primeiramente em pessoas de poder aquisitivo elevado.
“Nós não temos uma comunidade alta de asiáticos, mas temos com países europeus. Então focamos nestes países, principalmente nas viagens. Sabíamos que a probabilidade do primeiro caso ser em São Paulo era grande e que os riscos seriam de pessoas com poder econômico elevado. Com isso, uma unidade hospitalar particular poderia ser a primeira a confirmar o caso, o que aconteceu”, disse Mandetta, que elogiou o hospital pelo rápido processo de identificação do caso.
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