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Cortes no Bolsa Família ampliam aumento da extrema pobreza

A renda dos 5% mais pobres caiu 39% e a extrema pobreza aumentou em 67% entre 2014 e 2018 devido a grave recessão e aos desajustes do Bolsa Família

20/02/2020 às 08h27
Por: Fernanda Souza Fonte: D24Am
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Entre 2014 e 2018, a renda dos 5% mais pobres no Brasil caiu 39% e, como consequência, a extrema pobreza aumentou em 67% neste ínterim. Este aumento na extrema pobreza aconteceu em função da recessão econômica e de desajustes no Bolsa Família. Neste caso, por conta de perdas reais no valor do benefício, que não foi corrigido segundo à inflação em 2015 (quando esta girava em torno de 10%) e em 2017 (já com inflação menor), como também devido à redução no número de beneficiários. É estimado que 900 mil pessoas foram desligadas do programa em 2019, acarretando no surgimento de uma fila média anual de 500 mil pessoas que deveriam estar sendo atendidas, mas ainda estão esperando para serem cobertas pelo Bolsa Família. Há outras estimativas que apontam que 1 milhão de pessoas estavam na fila para serem atendidas pelo programa em 2019.

Portanto, o principal instrumento de combate à pobreza regrediu durante a crise econômica iniciada em 2014, o que levou à perda de bem-estar e ao crescimento no contingente de brasileiros em situação de extrema vulnerabilidade econômica e social.

O Bolsa Família é um programa de combate à extrema pobreza que cobre um quarto da população brasileira. O valor de elegibilidade inicial ao benefício básico, hoje em R$ 89 por pessoa, é bem próximo da linha mais baixa de pobreza das metas do milênio da ONU no valor de U$S 1,25 por dia ajustado por paridade de poder de compra. O custo do programa é de apenas 0.4% do PIB, um valor ínfimo comparado aos seus impactos diretos na vida dos mais pobres e na economia brasileira. Por exemplo, para cada R$1 gasto com o Bolsa Família são gerados R$ 1,78 para a economia brasileira. Isso significa que cada real gasto com o Bolsa Família impacta três vezes mais o PIB que os benefícios da previdência social e 50% mais que o BPC, outra política voltada aos pobres.

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