A Organização Mundial da Saúde estuda decretar situação de emergência global por causa do surto de coronavírus. A decisão será anunciada, nesta quinta-feira (23), em Genebra. A doença, que provoca problemas respiratórios, já matou dezessete pessoas, na China. Mais de quinhentos casos também foram confirmados, depois que o Governo de Pequim confirmou o primeiro contágio de pessoa para pessoa.
O governo chinês decidiu isolar, temporariamente, a cidade de Wuhan, no leste do país, que é considerada o epicentro da doença. O transporte público - trens, metrôs e balsas - foi suspenso e os voos que partem do aeroporto local, cancelados.A Prefeitura de Wuhan começou a desinfetar as ruas da cidade, de onze milhões de habitantes, e a reforçar a segurança de médicos e enfermeiros nos hospitais.
O novo surto de coronavírus, da família de síndromes respiratórias que mataram centenas de pessoas ao redor do mundo, no ano passado, deixou as autoridades em alerta.
Nos aeroportos da China e de diversos países asiáticos, passageiros começaram a passar por triagens antes do embarque. O temor é que o vírus se alastre durante o feriado que marca a chegada do ano novo lunar na China, devido à alta temporada de viagens.
O monitoramento também foi adotado nos Estados Unidos que, nesta terça-feira (21), registraram o primeiro caso da doença. Já no Reino Unido, passageiros vindos da China irão desembarcar em uma área isolada, como medida preventiva.
O Imperial College, em Londres, referência em estudos sobre infecções globais, estima que o número de casos seja muito maior do que o registrado, cerca de quatro mil. Pesquisadores da Alemanha já disponibilizaram o primeiro teste rápido para o diagnóstico do vírus. A grande dificuldade dos agentes de saúde é confirmar o coronavírus, que pode apresentar os mesmos sintomas de uma gripe.
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