Familiares da garçonete Miriam Moraes da Cruz, de 21 anos, estiveram na tarde desta segunda-feira (20), por volta de 15h, no prédio da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), para acompanhar a divulgação da imagem do principal suspeito do crime: Roberto Marinho Brito, de 26 anos.Em depoimento à imprensa, a mãe da vítima revelou o acusado tentou estuprar a vítima dias antes do crime.
Francimara Moraes fez questão de conversar com a imprensa e revelou que há aproximadamente 15 dias, Roberto tentou abusar sexualmente de Miriam, mesmo ela estando grávida de três meses.
“Roberto buscou minha filha para levá-la até o local de trabalho dela e quis manter relações sexuais com ela dentro do carro. A minha filha não quis e, desde então, ela já não queria mais manter contato com ele. Ela me disse que estava com medo depois dessa tentativa de abuso sexual e ele sempre ligava para ela de madrugada, mas ela não queria atendê-lo. Ela conheceu Roberto, em outubro de 2019, quando ele estava separado. Nunca concordei com esse relacionamento até porque ele é uma pessoa casada e tem filho”, disse a mulher.
A mãe contou que ao descobrir a gravidez, Roberto pediu para que Miriam abortasse a criança e não aceitou a gravidez.
“Ela não tinha esperanças de que ele largasse a família para ficar com ela. Ela não queria ele. A única coisa que ela pediu foi para que ele registrasse a criança. Ele não precisava fazer isso, eu e meu marido iriamos cuidar do meu netinho. Tenho seis filhos e iria ajudar a criar meu neto. Nunca achei certo ele estar com ela tendo voltado com a esposa”, disse.
O irmão da grávida, o açougueiro Eliony Moraes, de 24 anos, logo após o corpo ser identificado, contou que Roberto tentou cometer o abuso porque a irmã se negou a fazer o aborto. "Eu acho que ele queria de todo jeito que ela abortasse, por isso atacou ela. Ao ver que não conseguiu, ele decidiu matá-la", contou.
Protesto
Os familiares de Miriam se manifestaram em frente ao prédio da DEHS com cartazes e dizeres de pedidos de Justiça. Um dos cartazes dizia: “A justiça dos homens é cega, mas a de Deus enxerga até no escuro”. Todos gritavam no local pedindo por Justiça.
“Nenhuma mãe merece passar pelo o que eu estou passando. Eu só quero Justiça, só quero que ele se entregue. O que ele fez com a minha filha não é justo. Minha filha era uma guerreira, trabalhadora. A única coisa que ela iria precisar era do registro do neném. Só peço Justiça”, clamou.
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