Um casal gay foi agredido com um pau cheio de pregos enferrujados, por um vendedor ambulante no domingo, 12, no Terminal Capão Redondo, na Zona Sul de São Paulo, por se beijarem enquanto esperavam um ônibus voltando de uma festa.
Lucas Trindade, de 25 anos, e Caio Costa, de 20, anos, contaram a polícia que o agressor se disse ofendido, que eles estariam desrespeitando as pessoas da fila. As duas vítimas discutiram como o homem, que deixou o local fazendo ameaças de morte e voltou para agredi-los.
O tumulto gerado pela atitude preconceituosa e violenta do ambulante foi separado por funcionários do terminal de ônibus e motoristas.
Lucas foi atendido em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Jardim Santo Eduardo, na cidade de Embu Das Artes, na Grande São Paulo. Lá ele recebeu ajuda e foi liberado.
O casal registrou a agressão nessa segunda-feira, 13, na Delegacia de Polícia de Repressão aos Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), vinculada à Divisão de Proteção à Pessoa do Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP).
A polícia registrou o caso como lesão corporal e preconceito de raça ou de cor, porque de acordo com resolução do Supremo Tribunal Federal (STF), atos homofóbicos poderão ser enquadradas no crime de racismo.
Qualquer que seja a forma de discriminação, é importante que a vítima denuncie o ocorrido. A orientação sexual ou a identidade de gênero não deve, em hipótese alguma, ser motivo para o tratamento degradante de um ser humano.
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