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Assassinato de indígena gera comoção entre vereadores de Manaus

O indígena da etnia Tuyuca, Humberto Peixoto Lemos, de 37 anos, morreu no sábado (7). Humberto foi agredido a pauladas e passou cinco dias internado no Hospital e Pronto-Socorro João Lúcio

09/12/2019 às 14h49
Por: Fernanda Souza Fonte: Acrítica
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Reprodução
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O assassinato do indígena da tribo Tuyuca, Humberto Peixoto Lemos, no último sábado (7) foi motivo de comoção na Câmara Municipal de Manaus (CMM), situada na Zona Oeste de Manaus, nesta segunda-feira (9).

A reunião plenária iniciou às 9h20,  e do total de 41 vereadores, contou com a presença de apenas 25 parlamentares. Na ocasião, o vereador  Elias Emanuel (PSDB) pediu um minuto de silêncio em luto à Humberto Peixoto. Os parlamentares também prestaram homenagem à Lúcia Almeida, ex-primeira-dama e esposa de David Almeida.

Durante o pronunciamento o vereador, atribuiu ao Estado a responsabilidade sobre a elucidação sobre os casos de violência e disse que vai solicitar ao secretário de secretário de Segurança Pública, Lousimar Bonates, a intervenção nas investigações sobre o crime.

"Essa é a capital onde há o maior número de indígenas morando aqui e um crime desses não pode passar para as estatísticas de crimes sem solução. Deve ser solucionado, e os culpados devem aparecer e serem punidos em honra da pessoa humana", frisou o vereador.

O vereador Bessa (SD) também afirmou que a morte do indígena traduz o sentimento de revolta da população. "A gente já vem falando diversas vezes sobre a falta de segurança. Agora vem o sentimento de revolta e de crueldade em alguns grupos de pessoas que fazem justiça com as próprias mãos, tendo em vista o fracasso do combate ao crime organizado", frisou o vereador.

O vereador Professor Samuel (sem partido), aproveitou a ocasião para prestar uma homenagem à Lúcia Almeida, que estava internada no Hospital Beneficência Portuguesa Mirante, em São Paulo (SP), para tratar de um câncer no fígado que enfrentava há pouco mais de 2 anos, mas morreu na quarta-feira (4).

"Era uma irmã que frequentava a igreja Adventista. Por isso, também peço um minuto de silêncio ao falecimento dela", solicitou o vereador.

Sobre o indígena

O indígena da etnia Tuyuca, Humberto Peixoto Lemos, de 37 anos, morreu no sábado (7). Humberto foi agredido a pauladas e passou cinco dias internado no Hospital e Pronto-Socorro João Lúcio, Zona Leste de Manaus.

A Coordenação dos Povos Indígenas de Manaus e Entorno (COPIME), afirmou que indígena era catequista defensor dos índios. A COMIPE afirma que ele foi agredido por criminosos, atrás de uma feira no bairro Coroado, Zona Leste de capital.

Humberto era indígena da etnia Tuyuca, do povo Utãpinopona, filhos da Cobra de Pedra, de São Gabriel da Cachoeira, município localizado a 852 quilômetros de Manaus. Os autores do crime vão ser investigados pela Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS).

A arquidiocese de Manaus publicou uma nota lamentando a morte do indígena. Confira na íntegra:

A Arquidiocese de Manaus informa o falecimento de Humberto Peixoto, que trabalhava na Cáritas Arquidiocesana como Assessor das Mulheres Indígenas do Alto Rio Negro (AMARNI). Na última segunda-feira (2), Humberto foi espancado quando retornava para sua casa por volta das 15h. Foi um ato de extrema violência que o deixou internado em estado gravíssimo, com afundamento do crânio, fêmur quebrado e perfuração na cabeça, o que provavelmente levou à morte encefálica na terça-feira e, na manhã deste sábado veio a óbito. Humberto era indígena da etnia Tuiuca, tinha 37 anos, deixa esposa e uma filha de 5 anos.

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