O último dia de julgamento do delegado Gustavo de Castro Sotero, realizado nesta sexta-feira (29, no Fórum Ministro Henoch Reis, na Zona Sul de Manaus, está sendo marcado com discussões acaloradas.
Durante os questionamentos da acusação, sobre a ação depois de ter levado um soco da vítima Wilson Justus, o réu se alterou e questionou do porquê de estar revendo os vídeos e sendo novamente questionado.
"Wilson olhou para mim e me encarou seriamente. Não disse nada para mim e nem eu para ele", disse Sotero atento ao vídeo.
Em certos momentos, o delegado se alterou. "Tem dois anos que estou preso. Minha mãe chora, eu já disse o que tinha de dizer. Vocês já viram várias vezes esse vídeo. Fui agredido", fala em voz alta.
O delegado também falou que sempre frequentava a casa de festa, onde aconteceu o crime. Ele se irritou mais uma vez quando acusação informou que o dono do estabelecimento disse em depoimento que ele ia à casa “caçar”.
"Eu me sentia bem lá, era bem tratado. Eu ia uma vez por semana. Ia para relaxar e até namorar. Minha atual esposa ia comigo no lugar”, declara.
Acusação e defesa pedem ordem no júri. O advogado da família de Wilson reclama do jogo de retórica da acusação.
"Toda vez que a pergunta dói, a defesa se intromete", diz acusação. O juiz Celso Souza de Paula precisou intervir e fazer novamente a pergunta ao réu, sem a fala do advogado de acusação.
Esse momento de interrogatório do acusado, segue a programação do dia, logo após os debates, a quitação e a sentença do réu.
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