Um dançarino de forró, de 30 anos de idade, está sendo investigado pela Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), por estuprar a própria enteada dele, uma adolescente de 12 anos. Segundo a denúncia, o crime estaria acontecendo há pelo menos um ano na casa onde o suspeito morava com a companheira e os três filhos dela, incluindo a vítima, na Comunidade Valparaíso, bairro Jorge Teixeira, Zona Leste de Manaus.
Em relato, a mãe da vítima, uma dançarina e cabeleireira de 30 anos, contou que o homem ficava sozinho na casa com a enteada de doze anos e os dois irmãos da menina, enquanto ela estava trabalhando. Aos olhos da família, o dançarino era o melhor pai do mundo e ninguém desconfiava do drama que a adolescente estava vivendo.
“Ele sempre saía para me deixar no trabalho e também me buscava. Mas na segunda-feira (25), minha patroa fechou a loja mais cedo e eu voltei para casa sem avisar o meu ex-companheiro. Quando olhei para dentro em casa, avistei ele andando no meio da casa sem roupas. Quando perguntei o que tinha acontecido, ele deu mil desculpas. Ao questionar minha filha sobre o que estava acontecendo, ele se meteu. Era sempre o meu ex-companheiro que respondia aos questionamentos”, contou a mãe da vítima.
Revelação
A cabeleireira disse à reportagem que pediu para o suspeito sair da casa porque queria conversar a sós com a filha.
“O tio faz comigo as mesmas coisas que faz com você”, foram as palavras da menina à mãe. A criança contou que isso acontecia há mais de um ano, desde quando eles mudaram de endereço.
“Sempre que eu chego da escola, o tio me deita na cama e faz coisas erradas comigo. Ele até já chegou a ejacular na minha barriga”, relatou a menina que estava tremendo no momento. A mãe dela disse que esse foi apenas um dos relatos da adolescente sobre o que já teria passado nas mãos do homem.
A adolescente estava com muito medo e a família desconfia que ela tenha sido ameaçada pelo padrasto caso contasse algo para a família.
A tia da vítima, informou que a família nunca poderia imaginar o que estava acontecendo, porque o dançarino cuidava das crianças, que demonstravam muito afeto com ele. Questionados pela família, os outros filhos disseram que não foram vítimas de abuso e nem sabiam do caso com a irmã. As crianças agora estão sob os cuidados da tia e sem entender a situação. Eles sempre questionam sobre o paradeiro do padrasto.
Um Boletim de Ocorrência foi formalizado na Depca e, segundos os familiares da vítima, a polícia já fez buscas pelo suspeito na casa de parentes dele, mas ele não foi encontrado. A família teme que o dançarino tenha fugido para o interior do Estado, onde possui parentes.
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