“Quero apenas encontrar minha filha. Não quero saber quem fez isso [assassinar] pois, já fizeram e vingaram. Só peço que me ajudem com qualquer informação. Eu suplico, peço misericórdia, entendam eu sou uma mãe e só tinha ela, só peço uma notícia. Eu preciso enterrar minha filha”. Esse é o clamor de uma mãe, que busca encontrar o corpo da filha Alice de Lima Vieira, de 16 anos, que desapareceu no último sábado (9), quando deixou a casa da família na Comunidade União da Vitória, bairro Tarumã-Açu, Zona Oeste de Manaus.
A mãe – que preferiu não se identificar em meio a rumores de um suposto envolvimento da filha ao tráfico de drogas-, contou que pediu ajuda para localizar o corpo da jovem depois que um vídeo circulou nas redes sociais. Os criminosos gravaram o corpo de uma mulher morta. Ela teria sido estuprada e agredida antes de ser assassinada. Foi por meio desse conteúdo que os familiares identificaram que a vítima era a Alice.
A jovem de 16 anos era filha única e deixa uma filha de 2 anos e 5 meses.
“Estou muito nervosa e preocupada, mas não vou descansar enquanto não acharem o corpo da minha filha”, contou a mãe angustiada que acompanhou nesta terça-feira (12), o segundo dia de buscas pelo corpo da jovem. Os trabalhos são realizados pela Companhia Independente de Policiamento com Cães (CIPCães) da Policia Militar.
O caso
Antes da confirmação do morte da adolescente, as primeiras informações a circularem era de que Alice era uma pessoa que vivia na ‘divisão’ entre as facções criminosas Comando Vermelho (CV) e Família do Norte (FDN). Ainda de acordo com estas informações, Alice armava as populares ‘casinhas’ – armadilha, para integrantes das duas facções.
Com base nessas informações, a jovem teria sido sequestrada e mais uma vítima do ‘Tribunal do Crime’, como acontece com as pessoas que traem estas as facções. Uma das suas últimas ‘ações’ foi fazer uma ‘casinha’ a dois homens que foram mortos em um ataque cometido por uma facção criminosa.
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