O coronel Alfredo Menezes, superintendente da Suframa, deve assumir no Amazonas o comando do novo partido que será criado pelo presidente da República, Jair Bolsonaro. A informação já desenha nos bastidores.
O Aliança pelo Brasil será fundado do zero por Bolsonaro que anuncia na tarde desta terça-feira, dia 12, em Brasília, sua desfiliação do PSL.
Abordado pelo BNC se seguiria o presidente na nova legenda ou ficaria no PSL, Menezes, que é compadre dele, respondeu: “sou fiel escudeiro do presidente. Se ele for para o inferno, vou com ele”.
A relação interna de Bolsonaro com dirigentes do PSL, já arranhada pela guerra de listas que envolveu seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-RJ), estremeceu de vez quando o presidente disse a um apoiador para esquecer o partido porque o presidente nacional da legenda, Luciano Bivar estava “queimado”.
Para Bolsonaro, Bivar usou “laranjas” na eleição de 2018 para recolher recursos do fundo partidário.
Em reação, o presidente do partido suspendeu deputados ligados a Bolsonaro e abriu processo de expulsão de Eduardo Bolsonaro e Carla Zambelli (SP).
O deputado federal Delegado Pablo, presidente do PSL-AM, estará na reunião de hoje com Bolsonaro, em Brasília, segundo informou sua assessoria.
Em recente polêmica com o empresário Romero Reis, que deixou o PSL acusando-o de traição, Pablo afirmou que nos dez meses de seu mandato “votou 100% a favor do governo e seguiu todas as orientações do presidente”
A cruz de Pablo: ficar no laranjal ou correr risco de cassação
O parlamentar foi procurado para se posicionar sobre a troca de partido de Bolsonaro e o seu destino político no estado.
Ele não atendeu as ligações. Leu as mensagens enviados por WhatsApp, mas até a publicação da matéria, não havia respondido.
Ideais do presidente
O deputado estadual, Delegado Péricles, eleito pela então sigla de Bolsonaro em 2018, disse que continua com propósitos e ideais semelhantes aos do presidente, mas aguardará as diretrizes nacionais do PSL para definir seu destino político.
“Meu posicionamento no momento é aguardar as diretrizes que o diretório nacional do PSL deve passar para os seus parlamentares. Sigo na sigla para, a partir dessas definições, traçar meu destino político. Fui eleito em sigla do presidente Jair Bolsonaro e, ao mesmo tempo que aguardo posicionamento do partido, mantenho certeza que meus ideais e o meu propósito seguem semelhantes aos dele”, declarou ao BNC.
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