O presidente Jair Bolsonaro (PSL) compartilhou em suas redes sociais o vídeo em que o presidente da Assembleia Legislativa do Estado (ALE-AM), Josué Neto (PSD), trata como “boa notícia” a derrubada do decreto nº 6.961/2009, o que expande o plantio da cana-de-açúcar por áreas sensíveis do País, como Amazônia e Pantanal.
Em pronunciamento nesta quinta-feira, dia 7, o parlamentar disse que a medida de Bolsonaro valorizará a produção agrícola e o desenvolvimento do Amazonas porque “também se adequa ao plantio do milho”.
“Já existe uma empresa chamada Millennium Bioenergia que vai investir no Amazonas R$ 4,4 bilhões […] que serão distribuídos nos municípios de Rio Preto da Eva, Itacoatiara e Manaus. O álcool não vem apenas da cana-de-açúcar. Ele vem também do milho. [E] em cada unidade de beneficiamento de milho [serão gerados] 12 mil empregos”, afirmou o parlamentar, somando 36 mil novos postos de trabalhos no total.
Em seu post, Bolsonaro diz que seu governo está “alinhado com os interesses do povo do Amazonas” e parabeniza a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, senadores e deputados do Amazonas “pelo empenho do desenvolvimento da região.”
O decreto de Bolsonaro contraria a visão de cientistas da área, de ambientalistas e até de parte do setor produtivo. E acontece justamente quando o boletim do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia ( Imazon ) aponta que o desmatamento em setembro erradicou 802 km² da Amazônia Legal, contra 444 km² no mesmo mês de 2018.
O corte raso corresponde à retirada total da vegetação, convertendo o terreno em pasto. Pará, Rondônia e Amazonas, estados de fronteira agrícola e especulação imobiliária, lideram o ranking dos mais problemáticos.
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