Com o rosto deformado por conta de uma doença rara, uma mulher de 35 anos pede ajuda para fazer uma cirurgia plástica. Marta Helena Babosa mora em Trindade, na região metropolitana de Goiânia (GO). Ela sofre preconceito e, por isso, não consegue emprego. As informações são do portal G1.
“Meu maior sonho é fazer essa plástica no rosto, não para eu ter beleza, mas para trabalhar e conseguir criar meus filhos. Não consigo [trabalhar] porque hoje em dia o que manda é a aparência”, lamenta a mulher. “Não tem coisa mais doída que você sair e os outros apontarem o dedo. Meu pior inimigo é o espelho”, completa.
Marta tem neurofibromatose. Trata-se de uma doença genética pode causar tumores no sistema nervoso, de acordo com informações do Ministério da Saúde. Segundo a mulher, a condição surgiu quando tinha 1 ano, mas passou a se manifestar de forma visível a partir dos 15. Ela conta que vive isolada “desde quando se entende por gente”.
Desde a comprovação da neurofibromatose, aos 12 anos, Marte recebe auxílio-doença. O benefício, que equivale a um salário mínimo, é pago mensalmente. O valor, contudo, não é suficiente para sustentar ela e os dois filhos. A casa onde moram, por exemplo, foi construída com o dinheiro da venda de balinhas na rua.
Portas fechadas
A mulher relata que conseguiu uma vaga no Centro de Reabilitação e Readaptação Dr Henrique Santillo (Crer) para realizar a cirurgia. Mas até agora só passou por uma consulta e uma ressonância. Em nota, o Crer informou que a paciente deve entrar em contato com a Secretaria Municipal de Saúde de Trindade.
“Preciso da cirurgia para eu parar de ficar me humilhando para os outros, porque você bate de porta em porta, e a porta sempre está fechada. Porque preciso trabalhar para ter um objetivo na vida e conseguir cuidar dos meus filhos. Se eu não fizer isso, vou perder onde moro”, diz, emocionada.
Mín. ° Máx. °
