A juíza Dinah Câmara Fernandes de Souza, da 5ª Zona Eleitoral de Maués, determinou ontem (05) apreensão de três balsas com máquinas e equipamentos que estavam na zona rural de município supostamente beneficiando o candidato a prefeito Junior Leite, do Pros do governador José Melo. No dia 25 do mês passado a magistrada suspendeu liminarmente dois contratos que ultrapassam os R$ 7 milhões celebrados entre a Agência de Desenvolvimento Sustentável (ADS), órgão ligado Secretaria de Produção Rural com o município de Maués. A magistrada determinou ainda que em caso de descumprimento da decisão judicial aplicação de multa diária no valor de R$ 100 mil.
As balsas encontravam-se há dez dias no interior descumprindo a determinação da juíza eleitoral que havia determinado a suspensão de dois convênios do Governo do Estado. A diligencia foi comandada por dois representantes da Justiça Eleitoral.
A primeira balsa foi apreendida na boca do Rio Apocuitaua, onde os moradores afirmam que foram desmatados cerca de 15 hectares de terra sem permissão dos comunitários. Foi a primeira a chegar a Maués no final da tarde de ontem.
Outra balsa foi localizada na Vila Darcy. A terceira balsa foi identificada na Comunidade do Varre Vento. Três tripulantes evadiram-se do local quando foram informados sobre a chegada da equipe eleitoral. A presidente da comunidade foi quem assinou o documento ficando como fiel depositária das máquinas e equipamentos que permanecem na localidade.
No último dia 25 de agosto a juíza suspendeu dois convênios do Governo do Estado que foram direcionadas a Maués no período eleitoral. Os dois convênios somam o valor de R$ 7 milhões com maquinários e combustível.
A denúncia apresentada pela Coligação a Força da Nossa Gente, a juíza eleitoral, ressalta que o Secretário de Estado Sidney Leite usou de suas prerrogativas de agente político, através da Agência de Desenvolvimento Sustentável -ADS para beneficiar o sobrinho que é candidato a prefeito.
Os convênios visavam à mecanização agrícola no município de Maués no prazo de 90 dias. Mas, os contratos têm conotação político-eleitoral, e demonstram o superfaturamento, pois em nenhum momento anterior o Estado fez investimento no município de Maués, no setor primário.
A decisão da juíza determinava multa de R$ 100 mil diários e a cassação do registro e o diploma do candidato caso seja eleito.
É a segunda tentativa do Secretário de usar a máquina do Estado em favor do sobrinho. Há cerca de um mês o Secretário de Produção utilizou dois helicópteros para visitar comunidades rurais.
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