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Prefeito de Coari beneficiava financiadores de campanha em licitações, diz MP-AM

Adail Filho foi preso nesta quinta-feira (26). Investigação aponta que fraudes podem passar de R$ 100 milhões.

26/09/2019 às 16h08 Atualizada em 26/09/2019 às 16h11
Por: Fernanda Souza Fonte: G1
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Empresas beneficiadas em licitações da Prefeitura de Coari contribuíram na campanha do prefeito Adail Filho nas eleições de 2016. A declaração foi feita pela procuradora-geral de Justiça do Amazonas, Leda Mara, após a prisão do político, nesta quinta-feira (26).

Ele foi preso durante a Operação Patrinus suspeito de ter envolvimento com um esquema de corrupção que teria movimentado cerca de R$ 100 milhões. Outros três foram presos: o assessor do prefeito, sargento Fernando Lima; o presidente da Câmara de Coari, Keiton Batista; e do sócio de uma rede de supermercados Alexsuel Rodrigues.

Em nota, o prefeito Adail Filho questionou a necessidade da prisão e considera as acusações graves. Ele afirmou ainda que prestará todos os esclarecimentos desejados pela justiça.

“Embora ele tenha se colocado à disposição, nós não temos garantia de que provas não seriam alteradas ou suprimidas, a partir do momento em que desencadeássemos essa investigação”, explicou a procuradora-geral.

Para o MP, o desvio ocorreu em diferentes segmentos e, somente com o avanço da investigação, será possível identificar a origem dos recursos.

“Essa fraudes ocorreram em vários contratos. Temos vários empresários envolvidos, nem todos privados de liberdade. Nós vamos chegar à conclusão de que parte deste recurso, que seria a favor da população, foi desviado para outros fins”, disse a procuradora-geral.

Sobre a conduta de cada envolvido, Leda Mara contou que ainda é cedo para afirmar como cada empresa agia. “Foram condutas individualizadas. Cada um agia dentro do seu rol de atribuições no município. O modus operandi variava de empresário para empresário”, contou a procuradora, sem entrar em mais detalhes.

Operação Patrinus

Foram expedidos ainda 70 mandados de busca pessoal e de busca e apreensão, cumpridos em domicílios, órgãos públicos e em sedes de empresas.

Durante o cumprimento dos mandados, a polícia encontrou uma quantia de dinheiro não especificada na casa do sargento Fernando Lima. De acordo com a procuradora-geral, apenas a prisão de um representante da prefeitura não foi autorizada pela Justiça.

Leda contou ainda que o valor levantado até agora - R$ 100 milhões - pode ser maior. “Todos os envolvidos vão ter direito ao contraditório e à defesa, e pode ser que esse número venha a aumentar ou se aproximar do valor apontado”, explicou Leda.

Para ela, esta primeira fase da operação vai abrir caminho para novas linhas de investigação.

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