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PF aponta que Fernando Bezerra recebeu R$ 5,5 milhões em propina

O líder do governo no Senado foi alvo de busca e apreensão por supostamente participar de esquema ilícito envolvendo obras públicas

19/09/2019 às 15h25
Por: Jéssyca Seixas Fonte: Metrópoles
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Divulgação
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Na denúncia apresentada contra o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), a Polícia Federal (PF) apontou que o senador recebeu R$ 5,5 milhões em propina durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). A quantia teria sido desviada de obras públicas, na época em que o senador era ministro da Integração Nacional.

As acusações foram enviadas ao ministro do Supremo Tribunal Federal Luís (STF) Roberto Barroso, que autorizou busca e apreensão no gabinete do líder do governo Bolsonaro no Senado e do filho, Fernando Bezerra Filho (DEM-PE), nesta quinta-feira (19/09/2019).

Segundo a PF, os colaboradores narraram a participação do pagamento de vantagens indevidas ao senador, por determinação das empreiteiras OAS, Barbosa Mello, S.A. Paulista e Constremac Construções. O montante total dessas vantagens indevidas chegaria, segundo a polícia, a pelo menos R$ 5.538.000.

Entenda

No documento, a Polícia Federal apontou a existência de elementos que indicariam o recebimento, ao menos entre 2012 e 2014, de vantagens indevidas pelos investigados. Os valores seriam pagos por empreiteiras em razão das funções públicas exercidas pelos políticos.

A PF investiga desvio de dinheiro público em obras na Região Nordeste, quando Bezerra era ministro da Integração Nacional do governo de Dilma Rousseff (PT).

A investigação, instaurada em 2017, teve início a partir de colaborações firmadas com investigados presos no âmbito da Operação Turbulência, deflagrada em junho de 2016. A ação apurava, por sua vez, o uso de empresas de fachada controladas pelos colaboradores na lavagem de dinheiro de empreiteiras e no pagamento de propinas a políticos.

Cargo à disposição

O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), admitiu entregar o cargo de liderança após ser alvo da PF na manhã desta quinta-feira (19/09/2019).

A PF realizou buscas no gabinete de Bezerra. O apartamento do senador e o gabinete do deputado Fernando Filho (DEM-PE), filho do senador, também foram alvo de buscas, além de endereços em Pernambuco ligados aos dois.

As ações fazem parte da Operação Desintegração, desdobramento da Operação Turbulência, e foram autorizadas pelo STF. A PF apura um suposto esquema de propinas pagas por empreiteiras – que executavam obras custeadas com recursos públicos – em favor de autoridades.

“Tomei a iniciativa de colocar à disposição o cargo de líder do governo para que o governo possa ao longo dos próximos dias fazer uma avaliação se não seria o momento de proceder uma nova escolha ou não”, disse Bezerra em entrevista na entrada do prédio onde mora, em Brasília.

Ele reforçou que a decisão será tomada pelo presidente Jair Bolsonaro e pelos ministros Onyx Lorenzoni (Casa Civil) e Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo). “Todos estão querendo aprofundar a análise do que foi baseado todas essas ações que nós fomos vítimas no dia de hoje para que o governo possa se manifestar.”

Bezerra se comprometeu em, mesmo deixando o cargo, ajudar o governo na agenda de reformas no Senado. Ele ainda apontou que seus advogados avaliaram a busca da PF como “muito extensa e desnecessária”.

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