O médico e empresário Mouhamad Moustafa, apontado pela Polícia Federal como chefe de um esquema de corrupção que desviou recursos milionários do Fundo Estadual de Saúde, da Secretaria de Saúde do AM, teve o pedido de liberdade provisória negado, nesta terça-feira (17), pelo Tribunal Federal da 1ª Região. A decisão foi publicada no Diário Oficial da Justiça Federal.
A juíza Ana Paula Serizawa considera a “inexistência de motivos que ensejem a revogação da medida cautelar”, por isso negou o pedido da defesa. Atualmente, o empresário cumpre pena no Centro de Detenção Provisória Masculino (CDPM) 2, no quilômetro 8 da BR-174, em Manaus, desde que foi preso, no dia 26 de setembro de 2018, durante o desdobramento da Operação Maus Caminhos intitulado Cashback.
Gilberto Aguiar, apontado como “facilitador” nos desvios realizados na Secretaria de Saúde do AM, de acordo com a Polícia Federal, também teve o pedido de liberdade provisória negado na decisão de hoje.
O processo envolvendo o empresário, e mais cinco réus, é relacionado à ação em que ele e mais cinco pessoas foram denunciados por, segundo o Ministério Público Federal (MPF), “terem embaraçado as investigações”. Mouhamad também teria utilizado o dinheiro desviado para financiar shows de bandas sertanejas, em Manaus.
Ainda na sua decisão, a juíza Ana Paula designou para o próximo dia 25, às 9h, a continuação da audiência de instrução do processo relacionado à possível obstrução da investigação. Na ocasião serão interrogados os réus.
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