No Amazonas, a febre chikungunya apresentou aumento de 17% em relação ao ano passado, segundo dados do Boletim Epidemiológico das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. Foram 179 registros, até o mês passado, contra 152 notificações em 2018.
“Em números absolutos, a diferença é pequena. E isso se deve muito a busca pelo diagnóstico. Há doenças onde não se faz o diagnóstico laboratorial mas sim o diagnóstico clínico, o que é suficiente para determinar que aquele caso é de chikungunya, de zika ou de dengue”, ressalta o chefe de Departamento de Vigilância Ambiental da FVS-AM, Elder Figueira.
Apesar do aumento de casos da doença, o Estado registrou, até 31 de agosto, 2.957 casos notificados de dengue. O dado representa uma redução de 18%, em comparação com o mesmo período do ano passado, quando houve 3.607 registros.
As informações foram divulgadas na quarta-feira (11), pela Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM).
Os números também foram destacados pelo Ministério da Saúde, que ressaltou 1.439.471 casos de dengue em todo o País. Um aumento de 599,5%, em comparação com 2018, quando somou 205.791 notificações.
Apesar do crescimento nacional, durante o período de 30 de dezembro do ano passado à 24 de agosto deste ano, o MS identificou uma redução de 29,5% nos casos no Amazonas.
Durante o período, houve 1.384 notificações enquanto no mesmo período do ano passado, foram 1.962 registros da doença. Os casos relacionados à zika também mostram redução, apresentando 105 ocorrências, contra 425 notificações no mesmo período de 2018.
Para Figueira, a diminuição de casos de dengue no Estado é atribuída ao trabalho realizado pela secretaria durante todo o ano, não apenas em períodos sazonais como o chuvoso e de altas temperaturas, quando há alta incidência da doença.
“A doença é de período sazonal, entretanto, se mantêm recorrente durante todo o ano. A estratégia que a gente tem usado é não esperar esse período para intensificar as ações de controle. Nós temos feito o combate ao mosquito durante o ano inteiro e dessa forma, conseguimos o resultado que se mantêm de um ano para o outro e reflete na redução no número de casos”, afirmou.
Conforme o chefe do Departamento de Vigilância Ambiental, como forma de ação, a pasta realiza o levantamento de índices de forma a verificar qual a infestação e quais são os depósitos predominantes. De acordo com ele, dependendo do tipo de depósito, a ação é direcionada.
“Se for uma localidade onde os depósitos predominantes são caixas d'água e tanques de armazenamento de água, a gente intensifica a distribuição de telas que servem como proteção para essas caixas, evitando que aquele acúmulo de água que a pessoa usa em serviços domésticos, vire um criadouro”, destacou.
“Quando se tem uma localidade onde o depósito predominante é o lixo, a gente intensifica as ações de limpeza urbana, é para isso que nós fazemos o Levantamento de Índice Rápido para o Aedes aegypti (LIRAa) pelo menos quatro vezes ao ano, para verificar quais são os depósitos e de que maneira intervir”, ressaltou Figueira.
Outro estado da região Norte que apresentou redução significativa nos índices de dengue, segundo o Ministério da Saúde, foi o Amapá, que partiu de 608 casos registrados no ano passado, para apenas 141 ocorrências este ano, um saldo negativo de 76,8%.
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