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Combate a queimadas na Amazônia terá emprego de 1,3 mil militares

Segundo o Comando Militar da Amazônia (CMA), militares vão atuar nos estados do Amazonas, Acre, Roraima e Rondônia. Ação se estende até 24 de setembro

30/08/2019 às 08h12
Por: Fernanda Souza Fonte: Acrítica
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Reprodução
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O Comando Militar da Amazônia anunciou que empregará 1,3 mil militares na operação de combate a queimadas nos estados do Amazonas, Acre, Roraima e Rondônia. Serão empregados na ação 49 viaturas, quatro navios, sendo dois de patrulha e dois de assistência hospitalar, além de quatro helicópteros, sendo três do Ibama, e quatro aviões do ICMBio.

A operação entrou em fase de planejamento após o presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL) dar aval, há uma semana, para a atuação das Forças Armadas no combate aos incêndios na Região Amazônica. No sábado (24), o governador Wilson Lima (PSC) solicitou em ofício apoio ao governo federal.

À imprensa, o comandante militar da Amazônia, general de Exército César Augusto Nardi de Souza informou que a ação se estenderá até o dia 24 de setembro. Questionado sobre como vai funcionar na prática o trabalho do CMA, o general disse que os meios utilizados dependem principalmente das condições do local e do tipo de incêndio.

“Nas proximidades de Rondônia, muitos deslocamentos estão sendo terrestres. Duas bases foram montadas no Centro de áreas críticas, identificadas pelas imagens de satélite. Já em outras áreas mais remotas, como em terras indígenas, onde os campos estão sendo queimados, o combate é na maioria das vezes por meio aéreo”, afirmou o coordenador da operação.

As operações já começaram em Rondônia a partir de duas bases; e possivelmente deve ser aberta a terceira. As bases no sul do Amazonas, principalmente em Apuí, localidade mais afetada pelo fogo, estão em fase de reconhecimento e devem ser abertas no fim de semana.

Comunidades

Na terra indígena dos Tenharim, sul do Amazonas já há atuação e um grupo de brigadistas, segundo o comandante. O objetivo é ter helicópteros disponíveis para deslocá-los para combater pequenos focos de incêndio, reforçando que as aeronaves que estão sendo empregadas naquela área, mas sem eliminar as queimadas oriundas de agricultura tradicional, reconhecidas por lei, explicou o comandante.

“Nós combatemos tanto em áreas de preservação, como em qualquer área que esteja ocorrendo um incêndio de grandes proporções, principalmente. Pequenos choques da agricultura tradicional continuarão existindo, pois estão preservados por meio de decreto presidencial”, frisou o comandante.

Queimadas

O território que será coberto pela operação divulgada ontem pelo CMA, que abrange os estados do Amazonas, Acre e Rodonônia, apresentou, de janeiro a até a quarta-feira, 17,3 mil focos de incêndio, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). No Amazonas foram 7,8 mil queimadas registrada nesse período. No Acre, foram 3 mil focos de incêndio. Roraima apresentou 4,6 mil e Rondônia, 6,4 mil.

Na terça-feira, o Ministério das Relações Exteriores informou que o governo brasileiro aceitou uma doação de 10 milhões de libras pelo Reino Unido para combater queimadas na Amazônia. Pela cotação daquele dia, esse valor equivale a R$ 51,09 milhões. O G7 já havia anunciado, um dia antes, ajuda de US$ 20 milhões, que ainda não foram aceitos pelo governo.

Heleno diz que Amazônia é cobiçada

O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno, afirmou na quinta-feira (29) que a Amazônia é objeto de cobiça internacional por conta de seus recursos naturais e biodiversidade. Heleno discursou na Escola Naval, no Rio de Janeiro, durante o Congresso Acadêmico sobre Defesa Nacional.

"É irresponsável acharmos que a Amazônia não é objeto de cobiça internacional. O mundo tem uma crise, e ela é vastamente comentada, uma crise de alimentos, uma crise de matéria-prima, de commodities", disse ele. "A Amazônia é vista como um depósito de futuras conquistas do ser humano. Então, é óbvio que há ambições claras em relação a Amazônia".

Para Heleno, o presidente francês Emmanuel Macron fez ofensas ao governo brasileiro por interesses políticos em um contexto em que enfrenta problemas internos em seu país.

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