Um idoso de 101 anos foi levado no colo para uma agência do Itaú, em Porangatu (GO), para dar uma prova de vida para uma funcionária do banco que teria se recusado a ir até o estacionamento. As informações são do G1.
O nome do idoso é Nercilio de Sousa Parente. Toda a cena, que ocorreu nessa quinta-feira (15/08/2019), foi gravada por parentes do homem e publicada nas redes sociais. Segundo a neta, a dona de casa Jane de Sousa Rosa, o avô não anda e passa a maior parte do tempo na cama.
Jane explica que chegou ao banco por volta das 13h. “Falei com a atendente do banco que tinha levado o meu avô para fazer a prova de vida, expliquei que ele tem 101 anos, que é acamado, não senta e não tem como se locomover. Falei que ele estava no carro, no estacionamento do banco, e ela me disse que não poderia ir lá ver o meu avô”, explica.
Segundo a dona de casa, a atendente ainda ponderou sobre a situação da saúde de Nercilio. Jane, por sua vez, contestou. Explicou que o avô não tem condições de andar e que o trouxe até a porta do banco para fazer a prova de vida. Não adiantou. A funcionária afirmou, segundo a neta, que não poderia ir até o idoso, além de ter negado os funcionários de averiguar a situação.
“Aí eu comecei a ficar nervosa, chorei. Eu pedi, por favor, abre exceção, meu avô tem 101 anos, ele está cheio de escaras ele tem escaras pelo corpo. Seu eu for pegar nele vai magoar as feridas dele. Ela continuou falando que não poderia”, informou. “Ela disse que eu levasse ele [avô] com uma maca lá para dentro, porque ela não poderia ir lá fora. Eu falei assim: você disponibiliza maca ou cadeira de rodas? E ela disse que não.”
“Eu fui lá fora junto com a cuidadora do meu avô, que pegou ele nos braços com ajuda de um voluntário e levou até lá dentro, porque ela falou que tinha ser no caixa perante as câmeras para poder filmá-lo. Então nós levamos lá dentro”, prossegue Jane. Ela ainda conta ter se sentido humilhada com a atitude da funcionária.
Em nota, o Itaú disse que lamenta o transtorno causado pela situação e que o banco estuda opções ao processo de realização da prova de vida. “Reconhecemos que a necessidade de deslocamento até uma agência pode ser um processo desgastante para algumas pessoas e, por isso, o banco estuda opções ao processo de realização da Prova de Vida, garantindo a segurança necessária na identificação dos beneficiários e seguindo as exigências do INSS”, explica.
“Atualmente, existem alternativas caso o beneficiário esteja impossibilitado de ir à unidade bancária, como o cadastro de um representante legal ou procurador no INSS. Além disso, pessoas acima de 80 anos e/ou com incapacidade de deslocamento podem solicitar à autarquia que o procedimento seja realizado por eles no endereço indicado pelo requisitante.”
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