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Criminosos utilizam barcos e até os Correios para o transporte de drogas

Até julho de 2019, a Receita Federal apreendeu R$ 2,5 milhões em drogas enviadas pelos Correios e por barcos. Receita Federal recebe ajuda de cães farejadores em apreensões

14/08/2019 às 09h05
Por: Fernanda Souza Fonte: Acrítica
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Reprodução
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Fiscalizações mais intensas da Receita Federal do Brasil no controle de encomendas postais em Manaus resultaram na apreensão de R$ 3,5 milhões em drogas e mercadorias ilícitas nos primeiros sete meses deste ano. As ações foram realizadas pelo Serviço de Vigilância e Repressão ao Contrabando e Descaminho da Alfândega do Porto de Manaus (SEREP) no Centro de Tratamento de Cartas e Encomendas (CTCE) dos Correios em Manaus.

De acordo com informações da assessoria de imprensa do órgão, de janeiro a junho, foram apreendidas drogas ilícitas avaliadas em R$ 1 milhão e no mesmo período mais R$ 1 milhão em mercadorias em situação de descaminho e contrabando. No mês julho, a apreensão foi de mais de R$ 1,5 milhão em drogas ilícitas como skunk, cocaína, MDMA (metilenodioximetanfetamina) e ecstasy, o que quase triplicou o total das apreensões feitas de janeiro a junho de 2019.

A Receita Federal informou que combate diuturnamente o tráfico de drogas que ocorre com o uso das encomendas postais, onde os traficantes tentam enviar pequenas porções de haxixe, cocaína, maconha e drogas sintéticas para consumidores localizados em diversas cidades brasileiras e também em outros países.

Conforme o órgão, para o resultado, as equipes estão utilizando equipamentos de fiscalização sofisticados, como o escâner (raio-X), e contam também contam com a ajuda de  duas equipes de cães farejadores (K-9) e procedimentos de análise de risco. Milhares de encomendas que chegam e saem do estado do Amazonas passam pelo CTCE e são submetidas ao controle aduaneiro da Receita Federal do Brasil, executado pela Alfândega do Porto de Manaus.

Segundo a Receita Federal, as encomendas proibidas tanto chegam quanto saem do Amazonas. Os destinos nacionais mais comuns, ou seja, a tentativa do envio das drogas são para municípios nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Bahia. Já no sentido inverso, as encomendas para o Amazonas se originam de São Paulo, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Ceará e Paraná.

No âmbito das remessas internacionais os destinos também são variados, sendo as tentativas de envio endereçadas para países europeus como  Portugal, Austrália, Holanda, República Tcheca e Reino Unido.

Criatividade do crime

Na tentativa de burlar a fiscalização aduaneira, os traficantes de drogas camuflam produtos ilícitos de diversas formas, utilizando métodos cada vez mais inusitados para disfarçá-las em “inocentes” encomendas postais.

Casacos com tecido impregnado de cocaína, skunk em embalagem de chocolate e dentro de livros recortados.

Os criminosos também usam balões e canudos com cocaína líquida nos seus interiores. Muitos envelopes com ecstasy e MDMA (metilenodioximetanfetamina) fazem parte da rotina diária de flagrante das equipes de auditores-fiscais e analistas-tributários que atuam nas ações de vigilância e repressão da Receita Federal do Brasil.

A Receita Federal alerta que a apreensão de uma encomenda contendo drogas sempre dá início a uma série de ações para identificar os responsáveis por esse comércio ilegal, que, dependendo da origem e do destino da remessa postal, envolve a atuação da Polícia Civil estadual ou da Polícia Federal nas investigações.

Reforço canino

Na Alfândega do Porto de Manaus, diz a Receita, o aumento das apreensões de drogas em correspondências não significa que a prática tenha crescido, mas há uma maior eficiência nas operações que visam combater esse tipo de crime, que ocorre, por exemplo, com a introdução de mais uma Equipe K9 nas operações. Manaus contava até então apenas com o agente canino Odin.

No mês de junho, aconteceu a chegada do Foko, cão pastor alemão, com dois anos de idade, treinado no Centro Nacional de Cães de Faro da Receita Federal do Brasil (CNCF K9 RFB), em Vitória (ES).  Foko é capaz de detectar, pelo faro, substâncias entorpecentes.

Sendo um cão de faro de indicação passiva, quando detecta o odor do entorpecente, ele senta e aponta o focinho em direção à fonte de odor, mostrando onde está a droga. Por esse motivo, ele pode identificar a presença de drogas ocultas em encomendas postais, cargas, aeronaves, embarcações, ônibus e até mesmo junto ao corpo das pessoas.

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