A direção do Partido Democrático Trabalhista (PDT) decidiu, nesta segunda-feira (18), expulsar o deputado federal pelo Amazonas Hissa Abrahão e mais cinco outros parlamentares da sigla que contrariaram a ordem do partido e votaram "sim" pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff, na votação que ocorreu ao longo deste domingo (17) na Câmara dos Deputados, em Brasília.
Além de Hissa, também devem ser expulsos Mario Heringer (MG), Sérgio Vidigal (ES), Giovanni Cherini (RS), Flávia Morais (GO) e Subtenente Gonzaga (MG). A decisão do PDT de apoiar a presidente Dilma e se posicionar contra o impeachment foi tomada em dezembro do ano passado e referendada pelo Diretório Nacional do partido em janeiro deste ano.
O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, já havia dito que a bancada do partido na Câmara teria que votar contra o impeachment, como mostrou a coluna Sim & Não do Portal A Crítica da última sexta-feira (15). Caso contrários, os desobedientes seriam expulsos. “Não há opção. Ou votamos contra o impeachment ou todos que não seguirem essa determinação estarão sujeitos às sanções”, disse.
“Em minha posição e minha história não existem laços com o PT, não devo nada a eles, devo somente ao povo. Entendo e respeito o compromisso do partido, porém, porque eu renunciaria à minha história em favor de algo que nunca defendi? Tenho e sempre terei satisfação em servir ao PDT, assim como passei toda minha vida política servindo a outro partido, no entanto, jamais deixarei de ser eu mesmo”, declarou Hissa em sua página oficial no Facebook.
O deputado federal continua: “Por isto amigos, mesmo sabendo que posso sofrer graves sanções partidárias, que posso ser expulso do PDT, e, ter minha candidatura à Prefeitura de Manaus, que hoje conta com grande apoio popular, seriamente comprometida, peço desculpas ao PDT nacional, mas não poderei os seguir nesta questão. Voto SIM pelo impeachment”.
Agora, o PDT vai iniciar o processo de expulsão dos seis parlamentares, garantindo o direito de defesa e, em seguida, o parecer da decisão vai ser submetido ao Diretório Nacional da sigla, convocado para acontecer no dia 30 de maio, na cidade do Rio de Janeiro. Os deputados que forem dirigentes estaduais, caso de Hissa, deverão ser também destituídos dos cargos.
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