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Líder de reunião anti-Bolsonaro invadida por policiais diz que vai recorrer de decisão

Ministério Público Federal decidiu arquivar investigação do caso. Reunião planejava protesto contra visita do presidente em Manaus

09/08/2019 às 08h20 Atualizada em 09/08/2019 às 08h27
Por: Fernanda Souza Fonte: Acrítica
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Reprodução
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O arquivamento por parte do Ministério Público Federal (MPF/AM) da investigação que apurava a ida de policiais armados em uma reunião de movimentos sociais será contestado. Foi o que garantiu o coordenador da Frente Popular Brasil, Yann Evanovick. “Com democracia não se brinca”, disse ele ao informar que vai recorrer da decisão.

No dia 23 de julho, dois dias antes da visita de Bolsonaro a Manaus, um grupo de professores e membros de movimentos sociais fez uma reunião para planejar um protesto. O encontro, que ocorreu na sede do Sinteam - Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Amazonas -, recebeu a visita armada de policiais rodoviários federais.

“Fui eu quem os recepcionei. Como era um movimento que incluía também pessoas que tinham votado no Bolsonaro, mas estavam contra as medidas do Governo, em um primeiro momento a gente achou que era o Sindicato da Polícia Rodoviária Federal (...) Eles disseram que não, que eles eram da PRF e estavam ali a mando do Exército Brasileiro”, contou o coordenador.

Em sua decisão, o procurador Henrique de Sá Valadão Lopes, põe fim às investigações do caso. Entre outros pontos, ele afirma que os agentes rodoviários, encarregados de escoltar o presidente, agiram no “estrito cumprimento do dever legal” e as armas usadas na ocasião são os “instrumentos de trabalho do agente de segurança pública”.

“Objetivamente ali eram professores, lideranças de movimentos sociais que têm tradição de promover atos pacíficos em Manaus (...) Era um ato público. A sociedade tinha ciência do que estava acontecendo. Não tinha necessidade alguma de agentes irem armados com metralhadoras para apurar o que seria feito”, disse Evanovick.

O coordenador do movimento informou que, na ocasião da visita, um dos policiais disse que a ação de ir até o sindicato era atípica por parte da corporação, o que, segundo ele, vai de encontro aos argumentos do procurador.

“É prerrogativa da PRF assegurar a tranquilidade das vias, o trânsito livre para o presidente passar. Agora, ir até a sede do sindicato e interrogar são atribuições, onde que está escrito isso? (...) Isso fere a constituição, fere a livre expressão. Essa decisão é tão grave quanto a ida dos rodoviários, porque ela legitima o que ocorreu”, questionou.

O despacho, concluído na última segunda-feira (5), será enviado para a 7ª Câmara de Coordenação e Revisão do MPF, em Brasília, que poderá homologar o arquivamento ou avaliar a possibilidade de retomada da apuração.

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