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Além de prisões no AM, operação da PF bloqueia R$ 92 milhões em bens

Entre os presos estão os irmãos Aziz e a ex-primeira dama do Amazonas, Nejmi Aziz

19/07/2019 às 17h19
Por: Jéssyca Seixas Fonte: Em Tempo
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Reprodução
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A Polícia Federal (PF) no Amazonas decretou a prisão temporária de familiares do senador Omar Aziz (PSD), nesta sexta-feira (19). Murad, Mansour e Amin Aziz, irmãos do senador, juntamente com a esposa de Omar Aziz, e ex-primeira-dama, Nejmi Aziz, foram levados ao Departamento de Polícia Federal Superintendência no Estado do Amazonas e depois encaminhados ao complexo prisional do Amazonas, situado na BR-174.

As apreensões cumprem os desdobramentos da Operação “Vertex”, uma nova fase da Operação “Maus Caminhos”, que expediu nove mandados de prisão temporária, sendo que oito estão sendo cumpridos em Manaus e um em Brasília. Além do Amazonas e também da capital federal, as investigações são executadas em São Paulo. O advogado Lino Chíxaro, supostamente, é um dos que tiveram a prisão temporária decretada. Outras três pessoas ainda não foram identificadas.

Além da expedição das nove prisões temporárias, a Polícia Federal também decretou 15 mandados de busca e apreensão, 18 mandados de bloqueio de contas de pessoas físicas e jurídicas, sete mandados de apreensão de bens e imóveis e o bloqueio de R$ 92 milhões, que seria o valor da soma repassada a outros investigados da operação que foi entregue ao então governador Omar Aziz.

De acordo com o delegado regional de Combate Crime Organizado da Polícia Federal, Max Ribeiro, as investigações iniciaram quando Omar Aziz cumpria mandato como governador do Estado.  Ele afirmou, ainda, que o Supremo Tribunal Federal determinou que a investigação retornasse à 1ª instância, porque o foro por prerrogativa de função, concedido aos deputados federais e senadores se aplica a crimes cometidos no exercício do cargo.

O delegado também frisou que a Polícia Federal determinou que o senador deverá cumprir medidas cautelares, como não se comunicar com os investigados da operação e não sair do país. “Os investigados na operação vão ser interrogados, para que as evidências de ilicitude sejam comprovadas ou refutadas. ”, frisou o delegado.

Alexandre Texeira, também delegado responsável pelas investigações, destacou que por meio de documentações, notas fiscais e conversas interceptadas, a Polícia Federal obteve a comprovação de práticas ilícitas, do então governador Omar Aziz, relacionadas a contratos oriundos do Instituto Novos Caminhos (INC).

“As investigações apontam indícios de que havia direcionamentos dos contratos de gestão da saúde ao Instituto Novos Caminhos a fim de beneficiá-lo e, por meio disso, desviar recursos públicos - o que configura crime de peculato. Verificou-se elementos de que o agente público investigado esteja envolvido na formação de contratos, possibilitando as vantagens indevidas

O delegado explicou, ainda, que o dinheiro era entregue em espécie ao então governador, mediante pagamento superfaturado de aluguel de imóveis além de compra e venda de terrenos com valores desproporcionais.

O procurador Armando Castro, do Ministério Público Federal, afirmou que os familiares do senador atuavam como pessoas interpostas no desvio de dinheiro público.  “Há indícios de que, por meio do recebimento de vantagens, ou atuando como pessoas interpostas, a origem desse dinheiro era dissimulada - expediente típico de lavagem de dinheiro. A operação está no início e nada impede de que outros nomes estejam envolvidos”, frisou.

Sobre a Operação

O nome da Operação Policial é sinônimo da palavra vértice e significa o ponto mais alto, que corresponde ao alcance da investigação, que reuniu indícios robusto da prática de crimes pelo governador, à época da criação da organização criminosa formada em torno do Instituo Novos Caminhos. A investigação está diretamente relacionada com as outras fases da operação “Maus Caminhos “, sendo elas a operação “Custo Político’, Operação “Estado de Emergência ‘’ e operação ‘’Cashnack’’.

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