Considerado como um dos maiores veículos de comunicação do pais, a Folha de S. Paulo cometeu um grave erro ou foi usada por grupos políticos que almejam o poder, ao publicar uma reportagem requentada sobre o Coronel da PM do Amazonas, Louismar Bonates, com dados da Policia Federal que somente agora, após 14 anos, vieram a tona.
A publicação com o título: “Áudios da PF ligam secretário de Segurança do AM a grupo de extermínio” deixa evidente uma clara tentativa de manchar a imagem do coronel e desestabilizar o sistema de segurança publica do Amazonas, uma vez que ele é o atual Secretario de Segurança do Estado.
De acordo com a Folha, um relatório da PF aponta que Bonates foi citado 1.875 vezes em conversas interceptadas com autorização judicial. Em uma delas, segundo o relatório, interceptada em julho de 2005, o coronel fala sobre a forma como ele supostamente tratava bandidos que eram presos em operações da PM. Em um dos trechos, ele diz que “prendeu um conterrâneo” e que deu “um bocado de porrada nesse filho da puta”. Quando o interlocutor pergunta se “encheu ele de bolo” [palmatoria], Bonates teria respondido: “Bolo uma porra, vou perder tempo dando bolo? Tem coturno pra quê?”.
O conteúdo jornalístico requentado deixa claro que a Folha, além de não trazer nenhuma novidade, já que os diálogos acima citados foram copiados numa espécie de “Ctrl+C, Ctrl+V” de uma reportagem publicada anos atrás, foi injusta ao usar um titulo sensacionalista para tentar, mais uma vez, ligar a imagem de Bonates ao crime organizado. Já os diálogos divulgados pela PF mostram que ele tratava os bandidos de um outro jeito, que alias é muito defendido pelo Presidente da República, Jair Bolsonaro.
A reportagem da Folha foi criticada até mesmo por quem faz oposição ao governo de Wilson Lima, como o jornalista amazonense Raimundo Holanda. “Quer derrubar um governador, um prefeito ou um secretário? Coloca na Globo ou na Folha tudo o que a imprensa local já publicou”, escreveu o jornalista em sua coluna diária no site Portal do Holanda.
Em nota enviada ao jornal paulista, Bonates repudiou “a tentativa de associar seu nome a qualquer tipo de ação ilícita e vê o resgate de assuntos velhos e já devidamente esclarecidos e desmentidos, uma ação com o claro objetivo de persegui-lo”.
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