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Quando a pílula é o perigo: médicos explicam relação do medicamento com trombose

09/08/2016 às 10h03
Por: Portal Holofote Fonte: Extra
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Foto: Reprodução\ Internet
Foto: Reprodução\ Internet

Foram cinco anos tomando anticoncepcional, indo a três ginecologistas diferentes: nenhum fez o alerta sobre o risco de trombose. Na última semana, o relato da universitária Juliana Bardella, de 22 anos, foi compartilhado mais de 227 mil vezes no Facebook e levantou o debate sobre os riscos da pílula. Sua dor de cabeça era sinal de trombose venosa cerebral — que pode causar sequelas irreparáveis e até a morte. O método contraceptivo, dizem os médicos, de fato facilita a formação de coágulos no sangue, gerando a doença.
— Todo anticoncepcional oral tem potencial trombogênico. Aqueles com estrogênio, principalmente, podem causar a hipercoagulabilidade no sangue — explica Marcos Areas, diretor da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular do Rio.
Segundo o médico, a trombose pode ocorrer em qualquer local onde circula sangue, e a forma mais comum é a trombose venosa profunda dos membros inferiores:
— O maior risco de trombose na perna é a embolia pulmonar, quando um coágulo vai para o pulmão, podendo ser fatal.
Antes de prescrever a pílula, é preciso investigar o histórico clínico da mulher.
— Deve-se saber se a mulher tem alguém na família com trombose, se tem problemas vasculares, varizes, é fumante ou obesa — esclarece João Bosco Meziara, membro da Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo, que acrescenta: — Os benefícios da pílula, porém, são maiores que os malefícios. Se prescrita corretamente, a pílula melhora a TPM, evita as cólicas menstruais, diminue o sangramento e riscos de anemia e previne contra endometriose e cistos no ovário.
Entenda a trombose
O QUE É — O sangue coagula e pode tampar o vaso. Normalmente, ocorre na veia, já que o fluxo de sangue venoso é mais lento.
FATORES DE RISCO — História prévia de trombose, casos na família, idade avançada, imobilização, cirurgias, gravidez, pós-parto e trombofilia (doenças que aumentam a coagulação).
SINAIS — Embora possa ser assintomática, sinais mais comuns são dor, inchaço, sensação de calor, veias dilatadas e pele endurecida. Quando no cérebro, pode causar tonturas e enxaquecas.
TRATAMENTO — É realizado com uso de anticoagulantes. Em casos graves, é feita cirurgia para desobstrução das veias.
Depoimento de Paula Azevedo, de 21 anos, que teve trombose aos 19
“Tenho uma doença que facilita a trombose e o anticoncepcional foi o estopim. Não foi pedido nenhum exame quando fui à ginecologista, e comecei a tomá-lo. Um mês depois, começaram dores fortes na perna esquerda, bem lá dentro. Fui num ortopedista achando que era dor muscular, ele passou anti-inflamatório e compressa. Passei cinco meses assim, com a dor piorando. Começou a doer a perna direita, já não conseguia mais dobrar. Até que acordei com uma faixa roxa na perna. Fomos correndo a um angiologista, e, da consulta, ele me passou um exame, e eu fui no mesmo dia para o hospital. Era trombose. Ela foi subindo até as veias ilíacas no intestino, quatro dedos abaixo do pulmão. Não posso mais comer nada verde, por conter vitamina K, que afina o sangue, beber, comer chocolate ou qualquer coisa que tenha cafeína. Tomo anticoagulante e faço exame de sangue toda semana para verificar se está fazendo efeito.”

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