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Carlinhos Maia sorteou celulares de suspeitos de sonegação presos, diz MP

Segundo a investigação, os suspeitos presenteavam influenciadores digitais com smartphones iPhone para que eles divulgassem as lojas entre seus seguidores.

11/07/2019 às 17h06
Por: Jéssyca Seixas Fonte: UOL
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Reprodução
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O influenciador digital e comediante Carlinhos Maia, conhecido como "rei" do Instagram, está entre as celebridades da internet que divulgaram e sortearam celulares de quatro lojas de Maceió (AL) e Goiânia (GO) cujos proprietários foram presos na terça-feira (9) em uma operação do Ministério Público de Alagoas. Segundo a investigação, os suspeitos presenteavam influenciadores digitais com smartphones iPhone para que eles divulgassem as lojas entre seus seguidores.

Além de Carlinhos, que tem 16 milhões de fãs só no Instagram, receberam presentes em troca de divulgação para sorteio o empresário Kel Ferreti e o publicitário Diogo Moreira, segundo a promotoria. A modelo Gabriela Sales, a Rica de Marré, divulgou uma das lojas indicando a idoneidade do estabelecimento. Os influenciadores não são investigados pelo MP de Alagoas nem pela Polícia Civil, mas foram usados pela organização criminosa para divulgar as lojas.

"As pessoas devem ter cuidado para verificar a origem do produto recebido para não vir a responder criminalmente. Se receber algo de origem ilícita poderá responder pelo delito de receptação e terá de fazer devolução do objeto a polícia", diz o delegado Thiago Prado, da seção de crimes cibernéticos da Deic (Divisão Especial de Investigação e Capturas) da Polícia Civil de Alagoas.

A 17ª Vara Criminal da Capital expediu 18 mandados de prisão e 32 de busca e apreensão contra a organização criminosa suspeita de venda ilegal de celulares e outros aparelhos eletrônicos. A operação Fruto Proibido prendeu 14 pessoas em Alagoas, Goiás e São Paulo suspeitas de sonegar mais de R$ 10 milhões em impostos. O MP aguarda a finalização do inquérito para apresentar denúncia à Justiça.

Dois irmãos proprietários de lojas investigadas se entregaram à polícia, em Maceió. Outros dois acusados continuam foragidos (eles não tiveram os nomes divulgados). Os presos devem prestar depoimento à Polícia Civil. O UOL tentou contato com a defesa dos acusados, mas não obteve retorno.

A reportagem também entrou em contato com as assessorias de Carlinhos Maia, Gabriela Sales, Kel Ferreti e Diogo Moreira, mas as mensagens ainda não foram respondidas.

Entre ontem e hoje, o UOL entrou em contato com as assessorias de Carlinhos Maia por e-mail, mensagens no Instagram e WhatsApp, mas ninguém retornou até a publicação deste texto. O empresário Kel Ferreti foi procurado ontem por e-mail, mensagem direta, WhatsApp e ligação telefônica, mas ainda não retornou os contatos. O UOL também contatou Gabriela Sales por e-mail e mensagem no Instagram, mas não obteve retorno.

A reportagem procurou Diogo Moreira por e-mail e mensagem no Instagram, mas ele não respondeu. Em seus stories no Instagram, Moreira disse que não sabia que as lojas investigadas pelo Ministério Público e Polícia Civil de Alagoas comercializavam produtos sem nota fiscal. "A pessoa tem a empresa, tem o negócio jurídico, tinham tudo certinho era a mesma coisa de eu divulgar outra empresa. Como é que eu ia saber que o cara estava sonegando imposto?", disse. 

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