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Velório de Paulo Henrique tem gritos de 'Fora, Bolsonaro' e 'Lula livre'

O público cantou o hino brasileiro e depois puxou gritos de "Fora, Bolsonaro" e de "Lula Livre".

11/07/2019 às 16h11
Por: Jéssyca Seixas Fonte: UOL
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Divulgação
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O encerramento do velório do jornalista Paulo Henrique Amorim, que morreu aos 76 anos na madrugada de ontem, foi marcado por um tom político. O público cantou o hino brasileiro e depois puxou gritos de "Fora, Bolsonaro" e de "Lula Livre". Paulo Henrique era um ferrenho crítico do governo Bolsonaro e um defensor do ex-presidente Lula.

A cerimônia terminou por volta das 15h e o caixão seguiu para o Cemitério da Penitência, no bairro do Caju, no Rio, onde o corpo do jornalista será sepultado. Pela manhã, familiares e amigos já se reuniam na sede da Associação Brasileira de Imprensa, no Centro do Rio, local do velório. A irmã do jornalista, Marília, que mora na França, veio ao Brasil para o velório, e estava muito emocionada.

"A gente se adorava. Ele era meu irmão mais velho. Éramos três, minha irmã também já faleceu. Ele era meu herói, uma pessoa muito corajosa, extremamente generoso. Corajoso no embate dele de não abrir mão das ideias dele, do que ele achava que tinha que ser dito, revelado, mostrado. Uma pessoa muito corajosa, muito íntegro nas convicções do trabalho dele. Adorava trabalhar", disse.

Ela também comentou o afastamento de Paulo Henrique do Domingo Espetacular, programa que apresentava desde 2006. A irmã disse que o apresentador já havia perdido outros espaços na mídia por conta de "pressão política".

"Falamos pouco porque estava na França. Ele teve vários casos de perder o lugar dele por pressão política. Ele escreveu pra mim e falou: 'Não se preocupe, você sabe que eu tive isso várias vezes e que eu aguento o tranco'", disse ela, que citou outros casos em que o apresentador teria sido afastado de suas funções supostamente por críticas a políticos.

"Me lembro que na Band ele tinha acabado de receber dois prêmios por dois programas [que apresentava]: um era o jornal das 20h e outro era um programa de entrevistas chamado Fogo Cruzado. Poucos dias depois do prêmio, ele perdeu o programa por pressão do [ex-presidente] Fernando Henrique. Ele já conhecia isso, mas claro que sempre é um baque forte. Parece que dessa vez foi demais e ele não aguentou".

No local, foram colocadas mais de 15 coroas de flores, com as mais diversas homenagens, como das diretorias do SBT e da Record TV, e do ex-presidente Fernando Collor.

Amorim trabalhava na Record desde 2003, onde apresentou o Jornal da Record - 2ª edição, ajudou a criar o Tudo a Ver e esteve à frente do Domingo Espetacular até junho passado, quando foi afastado da revista eletrônica em um momento em que fazia fortes críticas ao governo de Jair Bolsonaro (PSL). Em nota, a Record informou que ele permanecia na casa à disposição para novos projetos.

A emissora divulgou uma nota de pesar em que relembrou a trajetória profissional do apresentador: "A Record TV lamenta profundamente o falecimento de Paulo Henrique Amorim e se solidariza com os amigos, familiares e admiradores. A todos, nossas sinceras condolências".

Amorim deixa uma filha, dois netos e a mulher, a jornalista Geórgia Pinheiro.

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