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Prefeitura socorre o Inpa para manter Bosque da Ciência funcionando

A notícia do fechamento para visitação pública do espaço, referência para estudantes, turistas e pesquisadores nacionais e estrangeiros, foi divulgada na segunda-feira, 8/7

10/07/2019 às 10h14 Atualizada em 10/07/2019 às 10h43
Por: Fernanda Souza Fonte: SEMCOM
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Arquivo/Internet
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O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, vai socorrer financeiramente o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) para manter em funcionamento o Bosque da Ciência. A notícia do fechamento para visitação pública do espaço, referência para estudantes, turistas e pesquisadores nacionais e estrangeiros, foi divulgada na segunda-feira, 8/7, pelo instituto, que justificou a falta de pessoal e recursos de custeio para manutenção do parque.

O prefeito já autorizou que a Secretaria Municipal de Finanças, Tecnologia da Informação e Controle Interno (Semef) firme um convênio para repassar recursos que garantam o funcionamento do bosque, por um período de três meses, além de custear um plano de viabilidade econômica, necessário para a terceirização do parque. O prefeito também já solicitou uma audiência com o ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, para tratar do assunto, de forma permanente.

“Acordei com essa notícia terrível, que me deixou muito preocupado e indignado. Se queremos tratar a sério a Amazônia, temos que tratar a sério o Inpa e as universidades”, afirmou o prefeito, que no início da tarde desta terça-feira, 9/7, esteve reunido com a diretora do Inpa, Antônia Franco, e os coordenadores de Gestão Estratégica, Hillândia Brandão; de Administração, Edwiges Secafi; e de Pesquisa, João Souza, para discutir formas de viabilizar, temporariamente, o funcionamento do Bosque da Ciência, além de estudar formas permanentes de solução.

“A atitude que tomei foi para evitar que se fechasse para as visitações públicas o Bosque da Ciência, que está sem condições para se manter”, disse o prefeito de Manaus, ao criticar o baixo orçamento do órgão federal. “O orçamento do Inpa é de apenas R$ 35 milhões por ano, mas deveria ser de R$ 3,5 bilhões para nós, de fato, desenvolvermos nosso potencial econômico plenamente, a começar pelo uso da biodiversidade e pela construção da indústria de biotecnologia. Como está, o Brasil não vai a lugar nenhum. Vamos ficar estagnados como um país analógico e pararemos de sonhar com a tal economia 4.0”, reagiu Virgílio, que estava acompanhado da primeira-dama e presidente do Fundo Manaus Solidária, Elisabeth Valeiko Ribeiro.

Ainda conforme o prefeito Arthur Neto, o Inpa precisa de concursos públicos imediatos, para que haja a substituição de pesquisadores e outros servidores que já atingiram a idade de aposentadoria, como é o caso dos servidores do Bosque da Ciência. Alguns estão, inclusive, trabalhando no período pós-aposentadoria. “É necessário se fazer concurso público para rejuvenescer o quadro do Inpa”, reforçou.

A diretora do Inpa, Antônia Franco, confirmou que as principais dificuldades são em relação a recursos humanos, o que reflete na recepção dos visitantes, segurança, manutenção do parque e combate ao vandalismo. “Nós precisamos de pessoal para auxiliar na manutenção do bosque. A sociedade vai visitar, nós recebemos mais de 120 mil visitantes por ano, e precisamos de pessoal para isso”, disse a gestora, que informou que a reunião foi realizada a pedido do próprio prefeito.

Profundo admirador e defensor dos potenciais da Amazônia e da necessidade de o governo federal enxergar a região como estratégica para a economia e para o futuro do país – tanto do ponto de vista ambiental, quanto econômico e de política internacional – o prefeito Arthur Virgílio Neto destacou o desempenho do Inpa na fomentação da pesquisa, do conhecimento e de tecnologias para a Amazônia. “O Inpa tem um acervo que pode significar grande parte da redenção econômica e tecnológica deste país”, afirmou.

Todas essas questões serão levadas ao ministro Marcos Pontes, em audiência já solicitada pelo prefeito, em caráter de urgência, e que terá a presença da direção do Inpa. “Eu quero explicar a ele que não é possível nós não fazermos parte da formulação estratégica do Ministério da Ciência e Tecnologia. Nosso bioma amazônico não faz parte e outros fazem. É uma coisa que vai contra a ideia de um futuro brilhante para o país. Quero explicar para ele que o Inpa não pode ficar nessa situação”, concluiu o prefeito de Manaus.

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