A força-tarefa da Lava Jato no MPF-PR divulgou nota em resposta ao primeiro áudio vazado pelo site Intercept Brasil com fala do coordenador da operação em Curitiba, Deltan Dallagnol. A Lava Jato afirmou, em nota, que as "supostas mensagens têm sido usadas, editadas ou descontextualizadas, para embasar falsas acusações que contrastam com a realidade dos fatos".
No áudio, Dallagnol pede aos colegas para não divulgar informações sobre a liminar do ministro do STF Luiz Fux que derrubava a decisão do colega Ricardo Lewandowski de autorizar que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva concedesse entrevista ao jornal Folha de S. Paulo.
No comunicado, a Lava Jato diz ainda que as "supostas mensagens atribuídas a integrantes da força-tarefa são oriundas de crime cibernético e não puderam ter seu contexto e veracidade verificados".
Dallagnol foi procurado pela reportagem para comentar a divulgação do áudio, e o texto será atualizado assim que ele enviar um posicionamento oficial.
O áudio foi enviado pelo aplicativo Telegram no grupo Filhos de Januário 3 no dia 28 de setembro, às 23h33, segundo afirma o Intercept. Antes, ele avisou que mandaria informação "urgente" e em "segredo": "Quem quer saber ouve o áudio", diz o procurador.
A preocupação do coordenador da Lava Jato em Curitiba era injustificada, já que a decisão de Fux já tinha sido publicada por sites especializados, como Jota e Consultor Jurídico, meia hora antes de ele dar a informação aos colegas. A Folha, que havia pedido a entrevista com Lula, divulgou reportagem sobre o veto às 23h53.
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