O projeto “Conservar, Transformar e Brincar”, da unidade de ensino Benedito Almeida, organizou uma exposição nesta segunda-feira (1), no Terminal de Ônibus T3, na Cidade Nova. Os estudantes utilizaram lixeiras abandonadas e doadas para servir de depósitos de lixo, que contou com o toque artístico dos alunos da Escola Estadual. A ação teve como objetivo sensibilizar a população sobre a importância da conservação.
Além da mostra, a iniciativa contou com palestras, coleta de lixo e doação de brinquedos confeccionados com material reciclável. De acordo com o professor responsável pelo “Conservar, Transformar e Brincar”, Girleno Menezes, são vários os benefícios da ação – como, por exemplo, incentivar os estudantes da E.E. Benedito Almeida a cuidar do meio ambiente com atividades que visam transformar, positivamente, o meio em que eles vivem.
“O Mauazinho, onde parte desses alunos moram, é uma área de difícil acesso para caminhões de lixo e outros sistemas de coleta. Por conta disso, era bastante comum eles [os estudantes] terem de pular por cima de entulhos para chegarem à escola. O bairro todo ficava repleto de lixo”, afirmou Girleno.
Foi então que o educador, juntamente com os alunos, resolveu criar o projeto, há mais ou menos um ano. Desde lá, o grupo já embelezou cerca de 60 ‘tambores lixeiras’ – que foram doadas a unidades de ensino de Manaus, Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e, agora, ao terminal de ônibus T3. “Já temos outras doações agendadas para a Cozinha Comunitária, na Vila da Felicidade, e Casa Mamãe Margarida, no São José Operário”, adiantou o professor.
Fantoches
Os estudantes também realizaram ação com fantoches durante a intervenção. O brinquedo, apesar de não ter sido produzido pelos jovens, tem um papel fundamental, “o de chamar a atenção de crianças para palestras educacionais”, afirma o educador.
“Nós utilizamos os fantoches para que a nossa mensagem alcance essas crianças de um jeito mais fácil e as encante com o tema. Elas são essenciais no processo da educação ambiental, porque acabam por educar os adultos”, pontuou Girleno.
Para a estudante Lara House, de 16 anos, a proximidade e o diálogo com a comunidade são os pontos fortes do projeto. “Não é apenas uma abordagem, nós conversamos, de fato, com essas pessoas. Perguntamos o que elas têm feito para mudar a questão da poluição onde moram e as instruímos para que descartem o lixo de maneira correta”, contou Lara.
Apesar de simples, a atitude faz toda a diferença, na visão da aluna: “Desde o início do ‘Conservar, Transformar e Brincar’, já vemos uma mudança de comportamento nos moradores da nossa comunidade. Eles realmente estão sensibilizados com a ação”.
Reação do público
De acordo com Matheus Almeida, 17, também estudante da E.E. Benedito Almeida, a apresentação do projeto no T3 – principalmente a coleta de lixo realizada pelos alunos – pegou o público de surpresa.
“Foi muito legal, pois elas [as pessoas] conseguiram perceber que todos nós podemos colaborar, que não é uma iniciativa apenas minha e dos meus colegas de classe. Sem dúvida, é uma ação que quero acompanhar mesmo depois de formado. É algo simples que pode, com o tempo, tornar-se grandioso”, finalizou Matheus.
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