Um mês depois do massacre nas unidades prisionais a comissão instituída pela Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) para investigar as mortes ocorridas nos dias 25 e 26 de maio nas unidades prisionais de Manaus ainda não indiciou nenhum dos responsáveis pelas 55 mortes.
Segundo o coordenador da comissão responsável pelo inquérito instaurado pelo PC, delegado Tarson Yuri Silva Soares, a investigação para elucidar e punir os responsáveis pelas mortes iniciou no dia 31 de maio e já requisitou documentos, a listagem de presos e os laudos necroscópicos emitidos pelo Instituto Médico Legal (IML). Após a análise dos documentos, serão realizadas oitivas com funcionários e terceiros que tiveram acesso aos locais, informou o delegado.
O que aconteceu antes
“Os trabalhos investigativos seguem desde então com requisições documentais, listagem de presos e aguardo dos laudos necroscópicos. Nas próximas semanas, iniciaremos as oitivas de funcionários e terceiros que de alguma forma tiveram acesso às unidades prisionais no período que antecedeu as mortes”, disse o delegado.
As investigações abrangem as mortes ocorridas no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), no Centro de Detenção Provisório (CDPM 1), no Instituto Penal Antônio Trindade (Ipat) e na Unidade Prisional do Puraquequara (UPP), e praticadas pelos internos.
Sol, após um mês
Na próxima segunda-feira, as portas das celas das unidades prisionais onde aconteceram as 55 mortes vão ser abertas para que os internos possam sair para o banho de sol, conforme informações da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap). Já as visitas vão continuar suspensas, sem data prevista para retornar.
Os internos foram colocados na “tranca” desde o dia do massacre e estão sem banho de sol e sem receber visitas. Nos últimos dias, as unidades foram submetidas a revistas feitas policiais e agentes penitenciários a procura de ilícitos, mas nada foi encontrado.
Desde o massacre, a administração penitenciária vem fazendo revistas sistemáticas e também fez a retirada de televisão e outros eletroeletrônicos que tinha nas celas. Atualmente, além do kit a que o preso tem direito, dentro das celas ficaram quatro ventiladores.
Todas essas ações, de acordo com as informações da Seap, têm como objetivo manter o controle e a tranquilidade nas unidades prisionais da capital.
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