O presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), criticou, nesta sexta-feira (14/06/2019), a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de criminalizar a homofobia, equiparando-a ao crime de racismo. Para o presidente, a decisão, tomada pelo placar por 8 a 3 na tarde de quinta-feira (13/06/2019), é um equívoco.
“A decisão é equivocada. Ela prejudica o homossexual”, argumentou o presidente, ao defender a tese de que a decisão dos ministros cria, na realidade, uma discriminação. “Está se tornando insuportável o Brasil por conta dessas questões”, prosseguiu o presidente.
Ele usou de ironia para defender uma posição contrária à tomada pelo Supremo. “Agora, e você ofendeu uma pessoa, deu uma facada, só porque é gay, tem que ser agravada”, ironizou. Em setembro do ano passado, ainda durante a campanha presidencial, Bolsonaro foi atacado com uma facada.
O presidente ainda citou como exemplo uma conversa que teve com o apresentador Danilo Gentili, que não divulgada. Na conversa, Bolsonaro disse: “Danilo, olhando para você, eu sei se você é amarelo ou branco, mas não sei se você é gay”, observou o presidente. Na sequência, ele defendeu mais uma vez a necessidade de se ter no STF um ministro evangélico.
“Não é uma mistura de política com religião, mas não custa nada”, disse Bolsonaro. O presidente argumentou que, por conta de questões como esta da homofobia, que envolve costumes, há a necessidade de um ministro religioso.
O presidente Jair Bolsonaro recebeu, na manhã desta sexta-feira (14/06/2019), jornalistas que cobrem o dia-a-dia do Palácio do Planalto como setoristas. O Metrópoles estava entre os meios de comunicação convidados. No último encontro com profissionais de mídia, o jornal também estava entre os convidados.
Demissão
O presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), anunciou ainda, no café da manhã, a demissão do atual presidente dos Correios, general Juarez Aparecido de Paula Cunha. Segundo o presidente, o cargo de Cunha chegou a ser oferecido ao general Carlos Alberto dos Santos Cruz, demitido da Secretaria-Geral da Presidência da República, na quinta-feira (14/06/2019).
Bolsonaro evitou falar sobre os motivos da demissão de Santos Cruz. Ele recorreu à metáfora do do casamento para falar sobre o ex-ministro. “Foi uma separação amigável. Ele continua no meu coração”, disse o presidente em café da manhã, com jornalistas.
O presidente informou que ofereceu outros cargos dentro do governo ao general, inclusive o de presidente dos Correios, mas Santos Cruz não demonstrou vontade de permanecer.
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